Polícia do Rio investiga duas pessoas pelo furto de estátua de 400 quilos
A Polícia Civil do Rio investiga a participação de duas pessoas na receptação de monumentos históricos que têm sido furtados no Rio de Janeiro. De acordo com o delegado Tulio Pelosi, que investiga o caso, elas seriam responsáveis por adquirir parte do monumento em homenagem à Marechal Deodoro, que foi furtado em fevereiro.
A estátua, que pesava 400 kg e tinha 2,5 metros, representava a mãe do primeiro presidente do Brasil, D. Rosa Paulina da Fonseca. De acordo com o delegado, as peças roubadas na cidade possuem valores históricos para colecionadores.
"Descobrimos a existência de possíveis colecionadores destas peças, pois os valores históricos, às vezes, são mais valorosos que apenas o valor do metal derretido", disse Pelosi.
Dois homens presos em flagrante
O furto de monumentos no Rio é um problema frequente. A Polícia Civil prendeu em flagrante na madrugada de quinta-feira dois homens que furtavam um monumento na Praça Onze. A dupla, que não teve o nome divulgado, é investigada por ter roubado também parte do monumento de Noel Rosa, em Vila Isabel.
A dupla chegou a trocar tiros com os policiais que interceptaram a ação. Além das duas pessoas presas, outras duas fugiram em direção ao Morro da Providência. A polícia conseguiu recuperar quatro peças furtadas que estavam em uma kombi usada pelos bandidos. São elas: um canhão usado na Guerra do Paraguai, que pertence ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan), a cabeça da estátua de Rosária Trotta, uma estátua de uma criança em homenagem a Álvaro Dias e uma placa de bronze.
De acordo com o delegado Tulio Pelosi, os itens estão avaliados em R$ 150 mil. "Até o momento, temos conhecimento de dez peças roubadas por eles. Quatro foram recuperadas. Já sabemos que os executores foram responsáveis pelo [furto de peças] do monumento de Noel Rosa em Vila Isabel."
Prejuízos não orçados
Procurada, a prefeitura do Rio não informou o prejuízo com monumentos furtados ou vandalizados na cidade. A Gerência de Monumentos e Chafarizes, vinculadas à Secretaria de Conservação, explicou que a pasta é responsável por 1.371 monumentos e o órgão mantém contrato para manutenção das peças no valor de R$ 900 mil que inclui limpeza, conserto hidráulico e elétrico, reposição de pequenas peças, além de pequenos reparos.
"Os técnicos estão fazendo a avaliação orçamentária caso a caso para estimar o valor de cada monumento ou peça que necessite ser refeita. Trata-se de um levantamento detalhado e minucioso; por isso, não há ainda valores estimados do prejuízo com os furtos dos monumentos. Pois, cada vez que um monumento é furtado (parcial ou integral), danificado ou vandalizado, é preciso fazer a elaboração de um projeto com previsão orçamentária independente e outras necessidades para a execução dos reparos; sendo necessária a abertura de licitação para o restauro", informou a pasta.
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