PF apreende 4 aviões e R$ 15 milhões em ouro de garimpos clandestinos no PA
A Polícia Federal apreendeu hoje em Santarém, no oeste do Pará, quatro aeronaves e 72 barras de ouro, avaliadas em R$ 14,8 milhões. O trabalho faz parte da operação "Ouro Frio", para combater garimpos clandestinos e o "esquentamento" do ouro para criar uma falsa legalidade ao minério extraído ilegalmente.
Os policiais cumprem oito mandados de busca e apreensão nos municípios de Santarém e Itaituba, no interior do Pará.
A ação ainda está em andamento, mas somente em um dos endereços, em Santarém, os agentes encontraram 72 barras de ouro, que totalizaram 44,9 kg, dentro de um cofre em uma das residências alvo da operação. No mesmo lugar, também foram apreendidos R$ 149 mil e US$ 20 mil, em espécie.
Em um hangar, no mesmo município, foram apreendidos quatro aviões, cuja suspeita é que fossem usados no transporte do ouro ilegal.
A operação foi articulada baseada em inquéritos policiais que são desdobramentos de uma investigação que começou em 2016 sobre a cadeia produtiva do ouro no oeste do Pará. Os alvos são garimpos clandestinos, mas também pessoas que atuam como intermediárias na cadeia, fazendo o "esquentamento do ouro".
A Justiça determinou o sequestro de bens de suspeitos de envolvimento no crime no valor de aproximadamente R$ 15 milhões. O valor é quase o mesmo do ouro apreendido hoje, mas segundo a polícia é apenas uma coincidência.
"Esse valor é a estimativa do cálculo do que havia sido subtraído da união. Fora isso, durante as buscas, foi encontrado ouro no mesmo total. Mas esse ouro, se não for apresentada documentação legal, é um ouro ilícito que significa que já fora extraído ilegalmente e seria apreendido de qualquer maneira, independentemente do valor decretado de bloqueio de bens", explicou o porta-voz da PF em Santarém, APF Nogueira.
Apesar de ainda não ter sido decretada nenhuma prisão antes da operação, os proprietários do material apreendido podem ser penalizados por extração ilegal de minério, falsificação de documentos e associação criminosa.
Essa ação faz parte da Operação Verde Brasil 2, iniciada em maio deste ano, para proteção e preservação da Amazônia e outros biomas. A operação conta com apoio das Forças Armadas.
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