"Vou me afastar das atividades", diz terapeuta Kadomoto, que nega estupros
Denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por abusos sexuais contra alunas e pacientes, o terapeuta transpessoal Tadashi Kadomoto negou em vídeo compartilhado em uma rede social que tenha cometido os cinco estupros de que é acusado. Ele se disse "abalado" e anunciou que se afastará temporariamente de suas atividades.
Os supostos abusos ocorriam durante atendimentos ou palestras em seu instituto, conhecido por cursos e atendimentos na área da saúde mental em São Paulo. Segundo reportagem da GloboNews, uma de suas alunas e estagiárias no Instituto Tadashi Kadomoto procuraram o MP, que aceitou denúncia em 6 de outubro deste ano.
Outras mulheres apresentaram mensagens e e-mails enviados pelo terapeuta se declarando a elas e utilizando palavras de cunho sexual. Muitas não conseguiram registrar queixas porque o crime já prescreveu.
Segundo Kadomoto, ele ficou sabendo da acusação pela jornalista que produziu a reportagem.
"Sou réu acusado de atos muitos graves que eu não cometi", afirmou no vídeo. "Fiquei muito assustado sem entender o que estava acontecendo porque não fui procurado pela Justiça. Depois, [fiquei] abalado pela reportagem."
Tenho fé que tudo será esclarecido, e até lá vou me afastar de minhas atividades
Tadashi Kadomoto, terapeuta
"Quem me conhece e convive comigo sabe da minha conduta e respeito que tenho no cuidado com as pessoas. Tenho falhas, cometo erros como todo ser humano, mas jamais cometi atos criminosos", continuou.
O terapeuta disse ainda que "ao longo da história" muitas reputações e famílias foram destruídas "por acusações que depois se mostraram injustas".
"Por isso estou à disposição das autoridades para os esclarecimentos necessários", afirmou antes de agradecer "às centenas de pessoas que estão enviando mensagens de confiança a mim e a minha família".
Canal no Youtube
Kadomoto ministra cursos e apresenta constantemente lives sobre meditação em seu canal do Youtube. No site do instituto, o local é descrito com o propósito de "desenvolvimento e crescimento pessoal, com o objetivo de contribuir para que os participantes se conscientizem de sua missão neste mundo, das consequências positivas ou negativas de cada ação, palavra, gesto e o que eles podem gerar".
À emissora, o advogado Luiz Flávio D'Urso, que representa uma das vítimas, declarou que sua cliente não apresentava "capacidade de resistência"; a matéria explica que, por se tratar de uma paciente do terapeuta, era submetida a relações de poder e confiança, além de apresentar fragilidade emocional por carregar histórico que a levou a procurar ajuda profissional.
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