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PF cumpre mandados em ação de combate ao tráfico de fósseis no Ceará

22.out.2020 - PF deflagra operação no combate ao tráfico de fósseis na Região da Chapada do Araripe no Ceará - Divulgação/PF
22.out.2020 - PF deflagra operação no combate ao tráfico de fósseis na Região da Chapada do Araripe no Ceará Imagem: Divulgação/PF

Do UOL, em São Paulo

22/10/2020 08h42

A Polícia Federal deflagrou hoje uma operação contra o tráfico de fósseis na região da Chapada do Araripe, no sul do Ceará.

A ação, batizada de "Santana Raptor", cumpre 19 mandados de busca e apreensão, sendo 17 no Ceará, nos municípios de Santana do Cariri e Nova Olinda, e dois no Rio de Janeiro, em endereços de investigados.

Segundo a PF, há indícios de que eles integram organização criminosa que envolve empresários, servidores públicos, mineradores, pesquisadores e atravessadores de fósseis extraídos da Chapada do Araripe.

Dois homens foram presos em flagrante com fósseis no Ceará. A investigação aponta um dos presos como um dos principais negociadores de fósseis no período investigado. O outro seria responsável por receber dinheiro de professor pesquisador do Rio de Janeiro para coleta e guarda dos fósseis.

Segundo a PF, a operação é decorrente de investigação iniciada em 2017 e que resultou em inquérito policial que investiga esquema de tráfico de fósseis.

22.out.2020 - PF deflagra operação no combate ao tráfico de fósseis na Região da Chapada do Araripe no Ceará - Divulgação/PF - Divulgação/PF
Imagem: Divulgação/PF

Esquema

O esquema investigado consiste na extração ilegal de fósseis por parte de trabalhadores em pedreiras na região dos municípios de Nova Olinda e Santana do Cariri, com posterior comercialização criminosa desses bens.

"Há atuação de uma rede de empresários, servidores públicos e atravessadores que negociam fósseis raros da região, com indícios da prática ilícita por parte de professor/pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro, um dos alvos da operação, bem como outros pesquisadores nacionais e estrangeiros", informou a PF, em nota.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, usurpação de bem da União e crimes ambientais, com penas de até 16 anos de prisão.

O nome da ação remete ao gênero de dinossauro encontrado na região da Chapada do Araripe.