Onça-parda sobe em telhado e bombeiros levam 4h no resgate, em Jales (SP)
A presença inusitada de uma onça-parda solta pelas ruas do conjunto habitacional Roque Viola assustou moradores de Jales, interior de São Paulo, ontem. O animal ficou por mais de duas horas em cima do telhado de uma casa e depois foi para um terreno baldio. Foram mais de quatro horas de trabalho até a onça-parda ser capturada.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, por volta das 10h eles foram chamados por um morador vizinho que viu o animal caminhando em cima do telhado de uma casa na rua Jaçanã. Assustados os moradores da casa onde o animal estava se trancaram dentro do imóvel e só saíram após a captura da onça-parda.
Foi preciso isolar a rua. A movimentação de pessoas assustou o animal que desceu do telhado e tentou se esconder no quintal da residência. Ainda assustada a onça-parda pulou o muro e buscou abrigo em um terreno baldio ao lado do imóvel e depois subiu no telhado de outra casa.
Veterinários e biólogos de São José do Rio Preto foram chamados para ajudar os bombeiros no resgate. Eles usaram um dardo tranquilizando para conseguir acalmar o animal e conseguirem fazer a captura.
Após ser capturado, o animal passou por avaliação veterinária. Como não tinha ferimentos, ele foi solto em uma área de mata na região pela Polícia Ambiental.
Presença do animal chama a atenção dos moradores
Durante toda a manhã a rua onde o animal estava ficou isolada. A presença da onça-parda chamou a atenção de moradores da cidade, de 50 mil habitantes.
Moradora da rua onde o animal estava, a servidora pública Priscila Franciele Frehi conta que estava em casa de folga quando viu a movimentação que chamou sua atenção. Ela acompanhou todo o resgate do felino.
"Acho um animal muito bonito e como foi a primeira vez que ele apareceu no bairro fui acompanhar de perto. A gente até fica com medo, mas a área estava bem isolada", comenta.
O entregador Dione Jodas da Silva passava pelo local quando viu o animal em cima da casa. Ele também parou para acompanhar o resgate.
"O ser-humano vem acabando com as matas, tivemos muitas queimadas aqui na região e esses bichos não tem para onde ir e acabam buscando abrigo na cidade. Quem mora nos sítios ao redor da cidade conta que a presença delas tem sido frequentes", conta.
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