Fotógrafo flagra 'tigre negro' com condição genética rara na Índia
Um tigre negro raro, com listras pretas bem grossas, foi registrado pelas lentes do fotógrafo Soumen Bajpayee, em Odisha, na Índia. O felino, que é um dos últimos remanescentes do mundo, possui uma condição genética excepcional chamada de melanismo, fenômeno que causa maior produção de melanina — pigmento responsável pela coloração da pele e dos pelos.
As fotos do tigre foram compartilhadas por Bajpayee no Instagram em fevereiro do ano passado, mas ganharam atenção agora depois que o fotógrafo concedeu uma entrevista ao site britânico The Sun. Ele contou ao tabloide que se sentiu "afortunado" e "grato" por ter visto o animal tão raro.
Na ocasião do avistamento, o profissional estava a trabalho na reserva natural Nandankan, observando macacos e tigres. Mas, ele ficou surpreso ao notar a presença daquele bicho tão diferente.
"[Na época] eu não tinha nenhuma ideia sobre os tigres melanísticos", recordou. "Então, de repente, ele apareceu da floresta, permaneceu por alguns segundos e voltou para trás das árvores."
De acordo com Bajpayee, dois "tigres negros" já foram avistados na reserva Nandankan, mas ambos haviam sido registrados com o uso de armadilhas fotográficas. Portanto, ter fotografado o animal raro com câmera convencional é algo inédito no local.
"Nandankan é o primeiro santuário [a dar lar] a um tigre melanístico, mas não há garantia de que você pode vê-los porque eles vagam em [seu] ambiente natural e [há] apenas um ou dois [animais na reserva]", apontou.
Para se ter uma ideia, há um total aproximado de apenas seis a oito tigres com melanismo em todo o estado de Odisha — único lugar do planeta que abriga esses animais. Além dos que vivem na reserva Nandankanan, há também os felinos negros da reserva Simlipal.
O número de tigres negros diminuiu drasticamente nos últimos anos, de acordo com um relatório do Tiger Census de 2018. Especialistas apontam a caça como fator principal que aniquilou esses felinos, mas o departamento florestal em Odisha explica que o problema regional é resultado de uma população humana crescente, que reduz espaço para a reprodução do grupo.
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