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Suspeitos de incendiar cegonheiras em MG podem ter envolvimento com o PCC

Elisângela Baptista

Colaboração para o UOL, de Juiz de Fora

08/11/2020 22h33

Dois homens suspeitos de incendiar, na última quarta-feira (4), três caminhões-cegonha carregados com veículos de uma montadora, na MGC-135, na altura de Curvelo, região central de Minas Gerais, foram presos em flagrante pela Polícia Civil, em um posto na BR-381, em Oliveira, centro-oeste do estado.

As investigações levam a crer que a dupla faz parte de uma organização criminosa de São Paulo e que veio para Minas. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rafael Horácio, "a motivação para o crime seria enfraquecer a empresa que locava os caminhões, para que a organização criminosa pudesse atuar neste ramo mercadológico e transportar armas e drogas nos veículos, livremente, em todo o território nacional".

Foram sete ataques em dois meses em diversos pontos do Brasil. Durante a investigação, o serviço de inteligência da Polícia Civil de Minas descobriu os suspeitos pretendiam continuar com os incêndios e que o próximo alvo seria a cidade de Montes Claros.

Em relação aos ataques, há fortes indícios de que, por conta da forma peculiar dos incêndios, seguindo o mesmo "modus operandi", os envolvidos façam parte do PCC. Eles têm 39 anos, são do estado de São Paulo, e são considerados de alta periculosidade, com muitos registros policiais e processos judiciais em andamento.

As identidades não foram reveladas. Após a prisão em flagrante, os suspeitos foram encaminhados para ao sistema prisional e as investigações continuam com o objetivo de identificar e prender outros envolvidos.

Entenda o caso

O primeiro incêndio à cegonheira aconteceu em Goiana, no estado de Pernambuco, há um mês. Logo em seguida, os ataques se estenderam para Minas Gerais. Ao todo, 40 veículos foram incendiados, mas não houve feridos.

Após tomar conhecimento do fato em Curvelo, uma equipe da Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Roubo a Banco iniciou a busca pelos suspeitos. Com as apurações no local e consultas em sistemas policiais, foi possível identificar a dupla e o veículo que eles estavam conduzindo.

Com o apoio do setor de inteligência da Polícia Civil de Minas Gerais e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os suspeitos foram localizados.