Filha de João Alberto diz que sentiu raiva ao ver imagens da agressão
Thais Freitas, filha mais velha de João Alberto Silveira Freitas, que morreu após ser espancado em uma unidade do Carrefour, em Porto Alegre, contou que soube da morte dele por telefone e recebeu os vídeos das agressões que circularam na internet.
Em entrevista ao Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo, a jovem disse que sentiu raiva ao ver as imagens, as quais classificou como "horríveis".
"Senti raiva porque aquilo ali não se faz com ninguém, mesmo que a pessoa esteja certa, errada. Não precisava toda aquela agressividade deles", afirmou.
Segundo Thais, o pai se dava bem com todas as pessoas que o cercavam.
Os dois seguranças do estabelecimento — Magno Braz Borges e o policial militar temporário Giovane Gaspar da Silva — estão presos.
Análises iniciais dos departamentos de Criminalística e Médico-Legal do IGP (Instituto-Geral de Perícias) do Rio Grande do Sul apontam asfixia como provável causa da morte de João Alberto.
Thais também relatou que já se sentiu discriminada e que por vezes não quis ir ao colégio porque era chamada de "macaca" por alguns colegas.
Mãe de uma menina de 6 anos, ela disse que a filha viu as imagens do avô na televisão. "Comentei meio por cima com ela que ele tinha ido encontrar a mãezinha dele", disse ela sobre como explicou a situação para a criança.
Thais disse ainda não imaginar que a morte do pai fosse ter tamanha repercussão e que espera que a tragédia sirva para trazer mudanças para o país. A cena vem sendo comparada nas redes sociais ao que aconteceu com George Floyd, que morreu sufocado por policiais nos Estados Unidos e gerou protestos em algumas capitais do país.
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