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Polícia: japonesa encontrada em cachoeira foi estuprada e morta com pedrada

Corpo foi encontrado em propriedade que era usada por João de Deus - Reprodução/Redes sociais
Corpo foi encontrado em propriedade que era usada por João de Deus Imagem: Reprodução/Redes sociais

Bruna Barbosa

Colaboração para o UOL, em Cuiabá (MT)

26/11/2020 11h56

A japonesa Hitomi Akamatsu, de 43 anos, encontrada morta em uma cachoeira da Casa Dom Inácio de Loyola, centro que era usado por João de Deus em Abadiânia (GO), foi estuprada por Rafael Lima da Costa, de 18 anos, que confessou tê-la matado. Segundo os relatos dele à polícia, Hitomi gritou e acabou sendo morta. A perícia do corpo apontou traumatismo craniano como causa da morte, sendo que o golpe pode ter sido provocado por uma pedra.

Rafael já possui registro de dois atos infracionais análogos a estupro, cometidos em 2018 e 2019, quando ainda era menor de idade. Em depoimento, ele confessou que decidiu estuprar Hitomi após perceber que ela não tinha objetos de valor e estava de biquíni.

De acordo com a delegada responsável pelas investigações, Isabella Lima e Silva, Hitomi estava desacordada, mas acabou recobrando a consciência durante o ato sexual e tentou gritar.

"As roupas dela têm indícios de sêmen, estamos aguardando resultado de exames. Ele falou que a intenção dele era realmente roubá-la, mas ela não tinha nada de valor. Acabou vendo ela de biquíni, deu o primeiro mata-leão [golpe de enforcamento] e ela desmaiou. Quando ela recobrou a consciência percebeu que estava sendo estuprada e começou a gritar. Foi quando ele decidiu matá-la", explicou.

Traumatismo craniano provocado por pedra

O laudo pericial do corpo de Hitomi apontou traumatismo craniano como causa da morte. Ao UOL, a delegada afirmou que, possivelmente, Rafael usou uma pedra para cometer o homicídio.

"No primeiro interrogatório ele falou que havia enforcado para roubar pertences, mas ele já possui registro de dois atos infracionais análogos a estupro. As vítimas eram de Abadiânia. O laudo mostrou que a causa da morte [de Hitomi] foi um traumatismo craniano, provavelmente causado por objeto contundente, que acredito ter sido uma pedra. O corpo dela foi encontrado em uma área com muitas pedras", disse.

Rafael foi indiciado por ocultação de cadáver, latrocínio e estupro. Isabella revelou que, em nenhum momento, o suspeito demonstrou estar arrependido de ter matado Hitomi.

"Ele foi totalmente frio e calculista durante o interrogatório, não disse estar arrependido", concluiu a delegada.

O UOL tenta contato com a defesa do suspeito, e atualizará a matéria assim que houver um posicionamento.