Justiça determina acolhimento, e filha de Flordelis é levada a abrigo no RJ
A Justiça do Rio determinou ontem que uma das filhas adotivas da deputada federal Flordelis fosse encaminhada para uma casa de acolhimento de menores em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A decisão é da juíza Rhohemara dos Santos Carvalho, da vara da Infância e da Juventude. A menina tem 14 anos.
Segundo o TJ, a decisão ocorreu como forma de proteção à menor em acordo com o artigo 101 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que prevê a aplicação de "medidas de proteção em caso de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente, por ação ou omissão da sociedade ou do Estado, a falta, omissão, ou abuso de pais ou responsáveis ou ainda em razão de sua conduta".
A decisão de acolhimento ocorreu após a denúncia de que a menina teria se automutilado depois de discutir com a deputada. A filha da pastora usou um estilete para escrever no braço: "Eu S Lixo". O caso teria ocorrido há duas semanas.
Na ocasião, Flordelis gravou um vídeo dizendo que a filha estava em um hospital para tratar problemas emocionais.
"Ontem (dia 27 de novembro) foi um dia de audiência do meu processo. Foram ouvidas algumas testemunhas de acusação. Mencionaram a minha filha, inclusive falando de algo que ela fez em um momento de dor, emocional abalado ... por uma moça que falou algo muito ruim para ela e ela guardou isso no coração, uma irmã de igreja falou algo para ela. Ela acabou sem marcado no braço, se cortando no braço, tamanha foi a dor que isso causou a alma dela, ao coração dela e usaram isso contra mim na audiência, no processo criminal que estou passando. Minha filha passou mal depois do que foi falado na audiência."
Procurado, o advogado de Flordelis, Anderson Rollemberg, disse na manhã de hoje ao UOL que será provado que ocorreu uma armação contra a deputada e afirmou que há mensagens nas redes sociais que mostram a articulação de duas pessoas para atribuir culpa à deputada sobre o episódio envolvendo a automutilação da filha. Como relatou Flordelis nas redes sociais, o advogado disse que o corte no braço foi provocado por um desentendimento entre a menina e "uma irmã da igreja".
Na manhã de hoje, Flordelis participa de uma nova audiência na 3ª vara Criminal de Niterói sobre o assassinato do pastor Anderson. Ela é acusada de ser a mandante do crime. Cinco filhos e uma neta dela foram detidos no mês de agosto, acusados de envolvimento no homicídio. Ao todo, oito pessoas estão presas. A deputada só não foi detida porque tem imunidade parlamentar.
Segundo a polícia, a pastora já havia tentado envenenar o marido um ano antes. Ele foi morto a tiros na madrugada de 16 de junho de 2019 na casa da família, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.
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