Sobrevivente de acidente em MG viajava para visitar o irmão em São Paulo
Uma das sobreviventes do acidente que matou 18 pessoas e deixou outras 23 feridas na tarde de ontem, em João Monlevade, Minas Gerais, Jailma do Nascimento fazia a viagem para visitar o irmão que mora em São Paulo. Esta era a terceira vez que ela fazia o percurso interestadual.
Jailma estava acompanhada do filho de 11 anos. Ele sofreu traumatismo craniano e está internado em estado grave no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. "Eu estava sentada no meio do ônibus, na poltrona 21 e meu filho na poltrona 22. Eu ouvi um barulho muito forte, acho que ele bateu em alguma coisa e depois veio voltando de ré e aí o que eu lembro é que já estava no chão", conta a sobrevivente, emocionada.
Após saber da notícia, o irmão de Jailma, Divanildo, saiu de São Paulo para reencontrar a irmã, que foi encaminhada para o Hospital Margarida, em João Monlevade. Cozinheiro, ele esperava a visita da família, que chegaria na madrugada de hoje.
Vimos os vídeos que minha outra irmã mandou, o ônibus lá embaixo já e a movimentação do pessoal lá embaixo já procurando vítimas. O coração chega a acelerar porque não da pra acreditar que vai sobreviver alguém, a altura é muita"
Divanildo, irmão de Jailma do Nascimento
Primeiros resgates
No momento do acidente, diversos profissionais trabalhavam numa fazenda localizada próxima ao local. Foi assim que Elton Paulo ouviu o barulho do ônibus despencando. Ele, então, correu para tentar ajudar os passageiros. "Deu um estouro muito grande. Na hora que caiu eu já corri lá", lembra.
Deu para tirar alguns passageiros para levar para o hospital. Muita gente machucada, mortas, pedindo socorro"
Elton Paulo
Mateus Ferreira também foi um dos primeiros a chegar no local do acidente. "Foi uma cena horrorosa, infelizmente muitas pessoas perderam suas vidas. Mas Deus abençoou a gente para poder ajudar alguém", desabafou o estudante.
Ele também lembrou a preocupação dos voluntários locais com a chegada de um trem no local: "Nós ajudamos algumas pessoas que estavam com a perna machucada. Tínhamos medo da chegada de um trem. A traseira do ônibus também estava em chamas, então foi um desespero muito grande, uma sensação de impotência".
Não demorou até que os socorristas voluntários chegassem ao local para ajudar na tarefa de socorrer e transferir os feridos para os hospitais da região. "Quando nós chegamos os populares já tinham socorrido algumas vítimas. Alguns estavam sentados na beira da linha e era possível ouvir muitos gritos, muitos pedidos de socorro", recorda Renato Carvalho, um dos profissionais que participaram do resgate na BR-381.
Pessoas com politraumatismo, com muitas escoriações, óbitos. Nós vimos pessoas em óbito com fraturas de crânio, então foi uma cena de horror mesmo"
Renato Carvalho
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