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Ônibus que caiu em MG tinha 48 pessoas; havia 3 crianças viajando no colo

Segundo relatos, o motorista do ônibus pulou do ônibus antes da queda e fugiu do local - Divulgação/Corpo de Bombeiros de Minas Gerais
Segundo relatos, o motorista do ônibus pulou do ônibus antes da queda e fugiu do local Imagem: Divulgação/Corpo de Bombeiros de Minas Gerais

Vinícius Rangel

Colaboração para o UOL, em Vitória

07/12/2020 08h02

A Defesa Civil de Minas Gerais revelou ontem à noite que o número total de passageiros que estavam dentro do ônibus que caiu de um viaduto na BR-381, em João Monlevade (MG) era de 48, e não 45, como se acreditava. As três novas pessoas eram crianças. 19 pessoas morreram no acidente, que aconteceu na sexta-feira (4).

De acordo com o coordenador-adjunto do órgão, o tenente-coronel Flávio Godinho, após uma nova recontagem dos números foi verificado que existiam crianças no colo de alguns adultos dentro do coletivo. Os nomes não constavam na primeira lista divulgada pelas autoridades ontem.

Todas as três vítimas foram resgatadas do local do acidente e encaminhadas para dois hospitais. Duas delas já receberam alta. "Duas crianças tiveram ferimentos, mas já receberam alta. Elas estavam no hospital aqui em Belo Horizonte. Uma ainda está no Hospital em João Monlevade. A mãe dela também está internada", relatou Godinho.

Dos 48 passageiros, 19 morreram. Oito estão no Hospital Margarida em João Monlevade. Três em Belo Horizonte. 14 receberam alta médica. Três não precisaram de atendimento e um ainda está desaparecido, que é o motorista, que teria pulado do ônibus antes do acidente.

Familiares reclamam de descaso

Desde o dia do acidente, os familiares das vítimas da tragédia foram para o Instituto Médico Legal em Belo Horizonte, para identificar e liberar os corpos. Além da dor da perda, eles estão tendo que lidar com o descaso da empresa responsável pelo coletivo, a Localima Turismo.

De acordo com Anderson Luís Lima, que perdeu a irmã e o primo no acidente, nenhum representante da empresa esteve no local ou no IML para prestar assistência.

"Ninguém ligou pra gente pra oferecer nada. A ajuda que estamos tendo são dos governos de Minas Gerais, Alagoas e das nossas cidades no sertão. O tal empresário dono da empresa desapareceu. Fez uma nota dizendo que estava dando assistência, mas é tudo mentira", desabafou Anderson.

Em um vídeo feito na tarde hoje no IML. Anderson mostrou as pessoas no cartório recebendo a certidão de óbito e os parentes que aguardavam a liberação dos corpos. A maior crítica mais uma vez, foi a ausência de algum responsável da empresa de ônibus.

A única nota que Localima Turismo soltou na sua página no facebook, dizia que expressava "profunda tristeza pelas vítimas e seus familiares acerca do acidente". Disseram ainda que não iriam se furtar da responsabilidade e que se empenhariam "para prestar total assistência às vítimas e aos seus familiares".

A empresa finalizou a nota afirmando "que as reparações serão realizadas, caso a caso, para que a dor das vítimas e dos seus familiares sejam amenizadas".

A reportagem tentou contato com os responsáveis pela Localima, para saber das ações de ajuda da empresa. Ligamos nos 12 telefones que seriam da empresa e de seus guichês, além da página no Facebook no WhatsApp, mas até o fechamento dessa reportagem, não houve retorno.