Juíza foi atingida por 16 facadas e morreu após corte no pescoço, diz IML
A juíza Viviane Arronenzi, 45, morreu após sofrer um corte na veia jugular localizada no pescoço. De acordo com o laudo cadavérico da vítima feito pelo IML (Instituto Médico Legal) do Rio de Janeiro, ao todo foram 16 ferimentos causados por faca.
A maioria deles no rosto e na cabeça e houve também perfurações nas costas. A informação foi publicada pelo jornal O Globo e confirmada pelo UOL.
A magistrada foi morta pelo ex-marido, às 18h da quinta-feira (24) — véspera de Natal. Viviane levava as três filhas para passar a data na companhia do pai, o engenheiro Paulo José Arronenzi, de 52 anos. As crianças presenciaram o crime.
No exame cadavérico feito no IML, os peritos identificaram ainda que a vítima tinha um ferimento na mão esquerda, o que pode indicar uma tentativa de defesa. O corpo ainda apresentava equimoses - manchas roxas e escoriações nas costas que sugerem que a vítima pode ter sido arrastada.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou três facas na mochila de Paulo. No entanto, a que foi usada no dia da morte ainda não foi localizada. Os investigadores acreditam que o crime tenha sido premeditado.
Avó materna fica com a guarda das crianças
O plantão judiciário de Niterói concedeu ontem a guarda das crianças para a avó materna das meninas. O presidente da Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro, Felipe Gonçalves, disse que as crianças estão muito abaladas.
Paulo foi preso em flagrante pela Guarda Municipal na quinta-feira. Ele precisou de atendimento no hospital Municipal Lourenço Jorge, também na Barra da Tijuca, devido a um corte na mão e optou por ficar em silêncio quando interrogado na Delegacia de Homicídios da capital.
Em audiência de custódia, realizada ontem, o engenheiro teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e foi encaminhado para uma unidade prisional do Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste.
Em setembro, Viviane já havia registrado um boletim de ocorrência contra o ex-marido pelos crimes de lesão corporal e ameaça. Nos meses de outubro e novembro, ela chegou a circular com escolta concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio. No entanto, posteriormente a juíza pediu para suspender o serviço de proteção por avaliar que não era mais necessário.
Viviane Arronenzi foi velada e cremada na manhã deste sábado no Cemitério da Penitência, no Caju, na zona portuária do Rio. A juíza e o engenheiro se separaram neste ano, depois de 11 anos de casados.
Viviane integrava a Magistratura do Estado do Rio de Janeiro havia 15 anos. Atualmente trabalhava na 24ª Vara Cível da Capital. Antes, ela atuava na 16ª Vara de Fazenda Pública.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.