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Paes promete mudanças no BRT, mas avisa: 'vai levar um tempo'

Eduardo Paes (DEM) disse que a gestão anterior "abandonou" o BRT - WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Eduardo Paes (DEM) disse que a gestão anterior "abandonou" o BRT Imagem: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o UOL

02/02/2021 12h26

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, prometeu que fará mudanças no BRT da cidade, que sofreu com uma paralisação ontem. Mas Paes avisou que as negociações para fazer essas melhorias vão demorar 90 dias. E, mesmo depois disso, ainda deve demorar para que tudo funcione bem.

"As negociações começaram ainda na transição. A secretária Maína (Celidonio, de Transportes) fez diversas reuniões e eu estive pessoalmente no Ministério Público Estatual na semana passada, já mostrando o modelo que pretendemos implementar. Não quer dizer que o BRT vai funcionar bem imediatamente depois desses três meses. Vai levar um tempo. E nesse período vamos ficar em cima, cobrando. Agora, não tem BRT na prateleira. Não dá para recuperar estação do dia para a noite, não dá para fazer aporte fora do contrato", declarou Eduardo Paes em entrevista ao jornal "Bom Dia Rio", da TV Globo.

Paes credita esses problemas à gestão anterior, do ex-prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). Segundo ele, o BRT já funcionou muito bem, mas "foi abandonado nos últimos anos". Agora, para resolver o problema, o atual prefeito cogita fazer alterações no contrato da concessão ou até acabar com ela.

O prefeito também disse que pretende ter o controle das informações sobre bilhetagem. Segundo ele, isso pode atestar possível desequilíbrio financeiro do serviço.

"A primeira questão que precisa ser urgentemente modificada no contrato e que foi um erro da época da licitação no meu governo, mas era uma realidade daquele momento, é a bilhetagem. Ela tem que vir para as mãos e o controle da prefeitura para que nós possamos identificar de fato se há esse desequilíbrio financeiro. Parece que de fato há por que você tinha em algum momento 500 mil passageiros, passou para 300 mil e agora 170 mil. Você diminuiu a receita. Mas como a prefeitura não tem controle total, esse é um dos itens que claramente tem que mudar", destacou Paes.

A principal reclamação da paralisação de ontem foi a falta de pagamento de salários. Paes afirmou que a prefeitura vai participar da audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) que tratará desse assunto hoje.

"A reunião de hoje é entre empregador e empregado. A prefeitura atua como parte interessada porque é um serviço de transporte essencial. O que a Prefeitura tem que fazer é cobrar para que o sistema funcione, entre outras coisas, tem que pagar o salário de funcionários", concluiu o prefeito.