Prefeito que está erguendo castelo é alvo da PF por suposta fraude no SUS
A PF (Polícia Federal) desencadeou uma operação na manhã de hoje para investigar a suspeita de fraude em recursos públicos que deveriam ser investidos na saúde pública de Timbaúba (PE), no interior do estado. Entre os alvos está o atual prefeito, Marinaldo Rosendo (PP), que, segundo a PF, está construindo um castelo particular na cidade.
Rosendo foi prefeito de Timbaúba entre 2013 e 2014 e se elegeu novamente para o cargo em 2020. Nesse intervalo, ele renunciou e foi candidato e eleito deputado federal em 2014.
A PF diz que ainda não sabe se recursos do suposto esquema foram usados na construção do castelo. Ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o prefeito declarou ter R$ 31,1 milhões em bens.
Segundo a PF, há suspeita de crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro relacionados a contratos de fornecimento de medicamentos e material hospitalar ao município entre 2013 e 2016, no valor total de R$ 7,9 milhões.
"Recursos esses do SUS (Sistema Único de Saúde), repassados pelo governo federal", disse o delegado Daniel Silvestre, coordenador da operação.
Hoje, a PF cumpriu todos os mandados de busca e apreensão em dez endereços em Recife, Olinda e Timbaúba. Além de Rosendo, os alvos da operação são políticos, empresários, servidores e ex-servidores da prefeitura.
Durante as investigações, a PF afirma que já confirmou evidências de favorecimento a uma distribuidora e averiguou que, no período dos contratos com o município de Timbaúba, ela fez diversas transações financeiras com empresas do grupo empresarial de um dos prefeitos da cidade à época.
A PF apura as suspeitas da prática de crime de fraude à competitividade em processos licitatórios, desvio de recursos públicos praticado por prefeitos e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem chegar a 26 anos de prisão.
O UOL solicitou posicionamento do prefeito Marinaldo Rosendo e aguarda envio de resposta.
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