Amazonas prepara início do ano letivo com aulas pela internet e TV aberta
O ano letivo de 2021 no Amazonas foi iniciado com a realização da Jornada Pedagógica, atividade que preparou mais de 21 mil professores, gestores e pedagogos para os novos formatos de aula durante a pandemia. Devido a alta de casos da covid-19 na região, as aulas serão mantidas no esquema virtual, sendo transmitidas pela internet e TV aberta a partir do dia 18 de fevereiro para alunos da capital e do interior.
O regime especial de aulas não presenciais foi adotado desde 2020 por meio do programa Aula em Casa, gerenciado pelo Cemeam (Centro de Mídias de Educação do Amazonas) e pela Seduc (Secretaria de Estado de Educação e Desporto).
Neste ano, o projeto terá três canais de televisão com conteúdos simultâneos, sendo um deles voltado para os conteúdos dos anos iniciais, outro para os estudantes dos anos finais e modalidade do EJA (Educação de Jovens e Adultos) e o terceiro com aulas para o Ensino Médio. As transmissões também serão feitas pelo YouTube e pelo aplicativo do Aula em Casa, como ocorreu em 2020.
Mais de 200 mil alunos mantiveram a rotina virtual de estudos no ano passado. Neste ano, além da plataforma virtual, os estudantes terão acesso a um Caderno Digital com link de acesso às videoaulas, síntese dos conteúdos, dinâmica interativa e atividades complementares.
De acordo com informações divulgadas no site do Governo do Amazonas, o retorno presencial das aulas vai depender da evolução do cenário epidemiológico nas cidades. Mesmo com a pandemia, a previsão do governo estadual é que sejam inauguradas mais cinco escolas de tempo integral, sendo quatro delas para o interior.
UTIs lotadas em Manaus
Com as UTIs lotadas por conta do número elevado de infecções pela covid-19, pacientes passaram a pedir na Justiça a transferência para outros estados.
Duas sentenças seguidas de um juiz de Itacoatiara, cidade localizada próximo a Manaus, determinaram que fossem bloqueados R$ 500 mil dos cofres do estado. A medida foi deferida após o descumprimento da transferência imediata de pacientes.
O magistrado alegou que, ao todo, 16 pessoas no município corriam risco de morte caso não fossem para outras localidades. O colapso dos sistema de saúde do Amazonas fez com que dezenas de pacientes fossem realocados em unidades hospitalares de diversos locais do país.
"Onze destas (pessoas hospitalizadas) precisam de leito de UTI, conforme sistema Sister. Os outros cinco precisam de transferência urgente para não precisarem de UTI, pois não há mais leitos em Itacoatiara. O Estado do Amazonas foi devidamente intimado para cumprimento da decisão e, até o momento, não se manifestou e não cumpriu o determinado", diz trecho da decisão do juiz Saulo Goes Pinto, da 1ª Vara da Comarca de Itacoatiara.
Quatro desses pacientes morreram à espera de transferência.
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