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Sogro é investigado por furto de pertences de palmeirense morta por marido

Érica tinha 34 anos e trabalhava como representante comercial - Reprodução/Facebook
Érica tinha 34 anos e trabalhava como representante comercial Imagem: Reprodução/Facebook

Anahi Martinho

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/02/2021 16h17

A polícia está investigando o pai de Leonardo Ceschini, Alexandre Ceschini, por suspeita de furto do espólio da nora, Érica Fernandes Ceschini. Ela foi morta por Leonardo no dia 31 de janeiro.

A família da vítima afirma que Alexandre entrou na casa onde o casal morava e furtou o carro que pertencia a Érica, além de eletrodomésticos.

A SSP informou ao UOL que "a equipe de investigação do 33º Distrito Policial apura o furto e realiza diligências para esclarecer todas as circunstâncias do crime".

Joias, documentos e o celular de Érica também sumiram do apartamento. O furto aconteceu no momento em que a família enterrava Érica, morta pelo marido durante uma discussão sobre futebol.

O casal vivia junto há nove anos e tinha dois filhos gêmeos, de 2 anos, que estão sob os cuidados da avó materna.

No Boletim de Ocorrência, ao qual o UOL teve acesso com exclusividade, consta que Alexandre Estevam Ceschini levou um veículo Jeep Renegade — de propriedade de Érica —, além de duas TVs, um micro-ondas, uma air fryer, uma panela elétrica e uma cafeteira de dentro do apartamento onde o casal vivia com os filhos, no bairro São Domingos, área nobre da zona norte de São Paulo.

O documento registra ainda que "logo após os trabalhos periciais, uma advogada, que se identificou somente como Alessandra, apoderou-se de vários documentos pessoais de Érica e dos gêmeos Henri e Lorenzo, além do aparelho celular de Érica".

Foram levadas, segundo a família, as certidões de nascimento dos gêmeos, as cadernetas de vacinação deles e a CNH da vítima.

A família afirma que o sogro entrou na casa na manhã de segunda-feira (1), no mesmo horário em que era realizado o velório e enterro da empresária, no Cemitério Vale dos Pinheirais, em Mauá (SP).

"O Alexandre sabia que não ia ter nenhum familiar da Érica no apartamento", disse Aline Fernandes, irmã da vítima. "Eles tiveram a frieza de pisotear sobre o sangue da minha irmã, que estava no chão, pensando apenas em bens materiais."

O crime

Érica tinha 34 anos e trabalhava como representante comercial. No dia do crime, ela, que era palmeirense, e o marido, corintiano, voltaram para casa após uma comemoração pela conquista do time alviverde na Copa Libertadores da América.

Os filhos gêmeos estavam sob os cuidados de primos dela no apartamento. Depois que o casal chegou, os meninos ficaram dormindo no quarto e os parentes foram embora.

Horas depois, a polícia foi acionada no local e encontrou a mulher morta sobre uma poça de sangue. O marido estava ferido e foi levado ao Hospital do Mandaqui, onde passou por cirurgia.

Leonardo Ceschini, de 34 anos, foi preso em flagrante e segue em prisão preventiva. Ele confessou ter matado a esposa e vai responder por homicídio qualificado.