Arcebispo se diz chocado com assaltos e padre cita 'momento de loucura'
O padre Elizeu Lisbôa Moreira, preso na segunda-feira (2), após ser acusado de assaltar três comércios em Passo Fundo (RS), citou um "momento de loucura" como justificativa para os crimes cometidos.
Detido preventivamente na penitenciária da cidade, o clérigo não tem antecedentes criminais. Rodolfo Luís Weber, arcebispo que celebrou sua ordenação sacerdotal, revelou que conhece Moreira há cinco anos e que ele nunca deu indícios de um comportamento criminoso.
"O mais chocado sou eu, claro. Na igreja, o padre não é controlado diariamente pelo bispo e cada um tem suas atividades e responsabilidade individual", afirmou o arcebispo, que considerou o crime "totalmente inusitado" para a revista Época.
Ao efetuar a prisão do padre, o delegado Diogo Ferreira afirmou que a polícia estava "tentando entender o que levou o padre a fazer isso" e que ele "não falou muito durante a lavratura do flagrante".
Contudo, após um breve interrogatório com o detido, Ferreira revelou que "a única coisa que ele relatou foi que ele teve um momento de loucura e que fez algo errado". Para o delegado, a "ficha" sobre os crimes cometidos ainda não tinha caído na cabeça do padre.
No momento da prisão, Moreira foi encontrado pela polícia com R$ 655, itens de higiene e produtos alimentícios levados de dois supermercados e uma farmácia. Os policiais também encontraram uma arma de brinquedo, que teria sido usada para intimidar as vítimas dos assaltos.
Sobre o suposto uso da arma falsa, o delegado disse que "não dá nem para dizer" que se tratava de um "simulacro". "É uma arma de plástico oca, acho pouco provável que ele tenha comprado para isso", afirmou.
Padre em uma paróquia do município de Tapejara (RS), pertencente à diocese de Passo Fundo, Moreira estava na cidade para participar do sepultamento da familiar de um amigo do seminário. Os assaltos ocorreram na sequência, com o uso de um Hyundai IX35, rastreado pela polícia.
Moreira segue temporariamente suspenso de suas funções na Igreja Católica e conta com uma advogada, contratada por sua família, para defendê-lo judicialmente.
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