Família de idosa denuncia 'vacina de vento' aplicada no Pará
O momento mais esperado dos últimos tempos para a idosa Maria da Conceição Mota de Miranda, a vacina contra a covid-19, virou um pesadelo para ela e para a família. Os filhos denunciam que a mulher, de 78 anos, foi vítima da "vacina de vento". Imagens registradas no momento da vacinação mostram a seringa vazia durante a aplicação, no município de Ananindeua (PA), região metropolitana de Belém.
A situação ocorreu hoje de manhã e a família usou as redes sociais para denunciar o incidente. As imagens foram registradas em um vídeo feito pela nora de dona Maria, que despertou a suspeita após ser compartilhado no grupo da família.
"Coincidentemente, eu já estava com a mamãe no médico quando todo mundo começou a mandar mensagem dizendo que não tinha nada na seringa. Depois enviamos o vídeo para médicos e enfermeiros e todos concordaram", disse a policial penal Lucelia Mota.
Ela e a companheira acompanharam a idosa até o posto de vacinação, montado em uma igreja evangélica no bairro Maguari, e chegaram antes do início da vacinação porque a idosa ainda sofre sequelas de um AVC recente.
Segundo a policial, três enfermeiras vieram em direção ao carro com o cooler de vacinas e uma delas deu as orientações antes da suposta aplicação. "Ela falou''olha vamos mostrar a seringa com o líquido quando aplicar e depois sem o líquido", mas em nenhum momento vimos tirar o líquido do vidro para colocar na seringa".
Na hora da aplicação, a policial estava filmando dentro do carro, mas a companheira dela registrou imagens do lado de fora, no momento da aplicação.
"Tudo indica que (a seringa) estava vazia e o vídeo está mostrando isso. Minha companheira ainda viu o líquido na seringa antes. Mas a gente não sabe se elas (técnicas de enfermagem) deram um jeito de trocar a seringa porque estávamos tão alegres com o fato da mamãe estar tomando a primeira dose da vacina, preocupadas em fazer o vídeo para a família, a gente vacilou e elas trocaram a seringa", acredita a filha.
Ao constatar o fato, Lucelia e o cunhado retornaram até o posto de vacinação, mas foram informados que a técnica que fez o atendimento não estava mais lá. A família então questionou os responsáveis pelo posto.
"Mostrei o vídeo e eles ainda disseram que, por ele, estava tudo normal. Só depois de muita insistência disseram que, se fizessem outra dose agora, iria fazer mal. Pediram para esperarmos entre 15 e 20 dias e fariam um exame para ver se ela tinha tomado. Caso não tivesse, dariam a primeira dose e se responsabilizariam pela segunda", revelou.
A Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua informou que assim que teve conhecimento da denúncia afastou a técnica em enfermagem e abriu uma sindicância para acompanhar o caso e, que, se a irregularidade for comprovada serão tomadas as medidas cabíveis e a idosa vacinada imediatamente.
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