Câmara do Recife aprova medida que inclui igrejas como serviço essencial
A bancada cristã da Câmara do Recife conseguiu aprovar um requerimento que coloca as igrejas como serviço essencial durante a pandemia. A pauta foi discutida nesta segunda-feira (8), um dia após 95% dos 1.057 leitos de terapia intensiva, disponíveis na rede pública, serem ocupados por pacientes da covid-19.
De acordo com o vereador da oposição, Ivan Moraes (PSOL-PE), as próprias igrejas são contrárias à decisão e divulgaram em nota o posicionamento, que foi lido durante a sessão. O manifesto é assinado por mais de 25 pastores, pastoras e padres e lideranças de igrejas do Recife e de outras cidades e também pedem outras providências no combate à pandemia.
No entanto, o requerimento foi aprovado com 21 votos favoráveis e oito votos contrários e agora segue para receber o aval ou veto do governador do estado, Paulo Câmara (PSB).
Celebração sem crianças e idosos
A vereadora Michele Collins (PP-PE), que integra a bancada cristã, disse em plenário que não se trata de abrir ou fechar igrejas, mas de pedir ao governador que decida sobre o caso. "Não queremos aglomerar, mas exercer o nosso direito", alegou a parlamentar.
São onze vereadores que subscrevem o requerimento, além dela mesma, como Ana Lúcia, Waldomiro Amorim (SDD), Almir Fernando (PCdoB), Alcides Cardoso (DEM), Fred Ferreira (PSC), Renato Antunes (PSC), Felipe Alecrim (PSC), Eduardo Marques (PSB), Luiz Eustáquio (PSB), e Júnior Tércio (PODE).
O vereador Ivan Moraes questionou Collins sobre as igrejas permanecerem abertas para que haja celebração durante a pandemia, e a vereadora respondeu que concorda sobre a reabertura, desde que sejam tomadas medidas de proteção e sem a presença de crianças e idosos nas igrejas.
Toque de recolher em Pernambuco
Com o crescimento do número de casos da covid-19 e a lotação da rede hospitalar disponível para casos graves da doença, o governo estadual decretou a ampliação de medidas restritivas em Pernambuco, que inclui o fechamento de serviços considerados não essenciais.
A ação tenta conter o avanço do novo coronavírus e aliviar o sistema de saúde.
Até o dia 17 de março, ficou proibido o funcionamento de atividades não essenciais entre 20h e 5h, de segunda a sexta-feira. Já nos finais de semana, apenas os serviços essenciais podem funcionar ao longo do dia.
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