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Idosa recebe doses de vacinas diferentes contra covid-19 no interior de SP

Encarnação Morata recebeu primeiro dose da Coronavac, depois da vacina da AstraZenenca; segundo Prefeitura, ela precisará tomar nova dose da primeira - Alex Rosa de Assis/Divulgação
Encarnação Morata recebeu primeiro dose da Coronavac, depois da vacina da AstraZenenca; segundo Prefeitura, ela precisará tomar nova dose da primeira Imagem: Alex Rosa de Assis/Divulgação

Naian Lopes

Colaboração para o UOL, em Pereira Barreto (SP)

16/03/2021 16h49

Uma mulher de 90 anos recebeu doses de diferentes vacinas contra o novo coronavírus na cidade de Lucélia (SP), a 580 km de São Paulo. Entre fevereiro e março, Encarnação Morata foi vacinada com duas doses contra a covid-19, mas recebeu uma dose da Coronavac e a outra da vacina da AztraZeneca.

A prova é a própria caderneta de vacinação que Encarnação recebeu da Secretaria Municipal de Saúde. Ela, aliás, recebeu duas cadernetas, como se tivesse se vacinado com a primeira dose por duas vezes e não a segunda, como é o previsto no PNI (Plano Nacional de Imunização).

Segundo a caderneta de vacinação, a idosa foi vacinada com a primeira dose da Coronavac no dia 12 de fevereiro em casa, já que a Secretaria de Saúde de Lucélia optou por vacinar os maiores de 90 anos nas residências para evitar risco de contágio.

Três semanas depois, a idosa deveria receber a segunda dose da Coronavac. Porém, em 5 de março, dona Encarnação foi vacinada, novamente em casa, com a primeira dose da vacina da AztraZeneca e recebeu outra carteira de vacinação.

A falha chamou a atenção dos familiares dela, que decidiram procurar a Secretaria de Saúde para entender o que havia acontecido. Segundo a unidade, a dose aplicada com o imunizante da Universidade de Oxford foi errada; assim, ela deverá ser vacinada novamente pela Coronavac para garantir a imunidade.

A Prefeitura de Lucélia divulgou nota sobre o caso e afirmou que o erro aconteceu porque, como a idosa foi vacinada em casa, a equipe não teve acesso ao cadastro na plataforma Vacina Já, criada pelo Governo de São Paulo para controlar quem foi vacinado em todas as cidades do Estado. Ainda segundo a Secretaria de Saúde, a equipe que compareceu à casa da mulher não foi informada pelos familiares de que ela já havia sido imunizada antes.

Confira a íntegra da nota da Prefeitura de Lucélia

Informamos que, segundo levantamento junto aos servidores do Setor de Saúde local, a equipe que se dirigiu até a residência da paciente não fora informada pelos familiares da mesma que ela teria sido vacinada anteriormente, bem como não informaram a dose que teria sido utilizada.

Considerando que, quando a paciente se desloca até a Unidade de Saúde para receber a dose da vacina para o combate da covid-19, é realizada uma entrevista por meio de um formulário, cujas informações são inseridas no Sistema Vacivida, onde, além dos dados do(a) beneficiário(a), são informados todos os dados da dose que foi administrada, tais como: data de vacinação, lote e fabricante etc..

Considerando que, na hipótese de um paciente receber a vacina de um determinado laboratório, e receber outra dose de outro laboratório, consequentemente, a última dose aplicada é considerada inválida e a dose de reforço deverá ser feita conforme a 1ª dose, respeitando o intervalo mínimo de duas semanas a partir da dose que foi administrada equivocadamente, conforme orientações contempladas no Documento técnico - Campanha de Vacinação Contra a Covid.