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Pai diz que Henry morreu de forma agressiva: 'Como falar em acidente?'

Henry Borel ao lado do pai, Leniel Borel - Reprodução/Redes Sociais
Henry Borel ao lado do pai, Leniel Borel Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Do UOL, em São Paulo

28/03/2021 20h40

Pai de Henry Borel Medeiros, o engenheiro Leniel Borel de Almeida disse que em nenhum momento acreditou que o filho de 4 anos tenha morrido como consequência de um acidente, como relatam a mãe e o padrasto do garoto.

"Como falar em acidente em uma cama? Algo tão agressivo", afirmou Leniel em entrevista para o "Domingo Espetacular". A morte do menino está sendo investigada.

No laudo de necropsia, a perícia constatou múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores; infiltração hemorrágica na região frontal do crânio, na região parietal direita e occipital, ou seja, na parte da frente, lateral e posterior da cabeça; edemas no encéfalo; grande quantidade de sangue no abdômen; contusão no rim à direita; trauma com contusão pulmonar; laceração hepática (no fígado); e hemorragia retroperitoneal.

Leniel compara o resultado do laudo a queda de um prédio de três andares ou a um capotamento de um carro dada a gravidade dos ferimentos que o filho sofreu. De acordo com a versão da mãe e do padrasto de Henry, o garoto teria caído da cama antes de morrer.

O pai disse como está lidando com o luto nestas circunstâncias de investigação da morte do filho. "Eu não consigo dormir, acordo chorando, durmo chorando. Está sendo muito difícil".

O padrasto de Henry, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Doutor Jairinho (Solidariedade), evitou falar ao "Domingo Espetacular" sobre as razões da morte do menino: "Prefiro deixar para os médicos legistas, para a polícia descrever o que aconteceu".

Henry era filho de pais recém-divorciados, e passou o final de semana com o pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida. Por volta das 19h, Leniel deixou a criança no condomínio onde reside a mãe. Câmeras de segurança flagraram a chegada do menino. Monique Medeiros da Costa e Silva namora o vereador desde outubro de 2020. Antes trabalhava como professora e agora ocupa cargo no Tribunal de Contas do Município. Aos prantos, ela lamentou a morte do filho, descrevendo-o diversas vezes como sua "prioridade na vida", entre vários adjetivos.