MG: Ex-senador diz à PF que esposa pagou R$ 3,6 mil para vacinar familiares
O ex-senador pelo Estado de Minas Gerais Clésio Andrade prestou depoimento à Polícia Federal (PF) hoje sobre o caso da vacinação clandestina contra a covid-19 em uma garagem de uma empresa de transporte em Belo Horizonte. Segundo a assessoria de imprensa de Andrade, ele disse que sua esposa, Gisa Andrade, pagou a quantia de R$ 3,6 mil para que ela e os irmãos do ex-senador fossem imunizados.
Ainda de acordo com Andrade, a promessa era de que a vacina utilizada no esquema ilegal seria a produzida pela farmacêutica Pfizer. Ele contou que se negou a tomar a vacina no local, foi apenas para acompanhar sua mulher e ressaltou que não chegou a encontrar seus irmãos.
As informações sobre o que teria sido dito por Andrade no depoimento ao delegado da PF Rodrigo Morais foram apresentadas em nota oficial enviada ao UOL pela assessoria de imprensa do ex-senador. A reportagem entrou em contato com a PF na noite de hoje, mas ainda não obteve retorno.
Segundo a nota, Gisa "se interessou pela oferta por ser portadora de doença crônica e tomou a frente para se vacinar". Ambos foram embora do local tão logo Gisa Andrade recebeu a suposta vacina contra a covid-19.
De acordo com as informações, Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas se passava por enfermeira para oferecer o que seria o imunizante. Os irmãos Lessa, empresários do ramo de transporte, teriam indicado Cláudia para Clésio Andrade.
A nota divulgada pela assessoria do ex-senador relata ainda que, "ao ver a repercussão pela imprensa, Gisa Andrade pesquisou na internet o nome do homem para o qual foi feito o depósito e identificou sua mãe, que se apresentou como enfermeira. Com esses dados, amigos do casal conseguiram a ficha criminal de Igor Torres de Freitas". Igor também é investigado nesse caso.
Em depoimento, Clésio Andrade disse que "repassou as informações sobre Igor e sua mãe aos irmãos Lessa para informá-los de que tinham sido vítimas de uma fraude e tranquilizá-los, pois não tinham cometido crime algum", diz a nota.
Cláudia, suspeita de aplicar o que seria o imunizante, é cuidadora de idosos e teve sua prisão preventiva anulada pela Justiça Federal. A hipótese é que ela aplicou golpe nas pessoas que receberam a suposta vacina com um falso imunizante contra a covid-19.
Em nota, a Pfizer disse que a empresa "nega qualquer venda ou distribuição de sua vacina contra a covid-19 no Brasil fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização". A Pfizer também enfatizou que o acordo foi fechado com o Ministério da Saúde "contemplando o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19 ao longo de 2021".
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