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MPRJ denuncia mãe e madrasta de Ketelen por homicídio e tortura

Ketelen Vitória Oliveira da Rocha morreu no sábado (24) aos 6 anos de idade - Reprodução/Facebook
Ketelen Vitória Oliveira da Rocha morreu no sábado (24) aos 6 anos de idade Imagem: Reprodução/Facebook

Colaboração para o UOL

28/04/2021 19h52

O MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou, por homicídio triplamente qualificado e tortura, a mãe e a madrasta da menina Ketelen Vitória Oliveira da Rocha. A criança morreu aos seis anos, após ter sido espancada por pelo menos 48 horas em Porto Real (RJ). A sogra da mãe, Rosângela Nunes, também foi denunciada e presa hoje.

"O crime foi cometido por motivo fútil, pois as agressões foram iniciadas apenas porque Ketelen teria bebido leite sem autorização, por meio de tortura, uma vez que as denunciadas provocaram intenso sofrimento físico e psicológico à menor, e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, que no momento dos fatos encontrava-se subjugada pelo poder materno e trancada em um quarto", diz nota do MP do Rio.

A mãe, Gilmara Oliveira de Farias, 27, e a madrasta, Brena Luane Barbosa Nunes, 25, foram presas em flagrante, logo quando surgiram os indícios de participação delas. De acordo com o MP, elas desferiram contra a menina "socos, chutes, arremessos contra a parede, prisões, chicoteadas e arremesso num barranco de aproximadamente sete metros de altura". O socorro só teria sido procurado quando Ketelen "já estava agonizando".

A sogra da mãe da vítima era a dona da casa na qual as quatro moravam, e onde aconteciam as agressões. Rosângela Nunes teria se omitido e não impedido os ferimentos causados à criança.

"Além disso, participou da tentativa de burlar a aplicação da lei penal, uma vez que criou com as demais rés a justificativa de que a vítima se feriu em uma estaca", relata o MP.

Uma reportagem do UOL mostrou que as condições físicas da menina chocaram a equipe médica do Hospital Municipal São Francisco de Assis, no qual ela foi atendida. Ketelen tinha sangramento no crânio, marcas compatíveis com queimadura de cigarro e vergões pelo corpo, além de estar com um dos pulmões paralisados. Tudo isso, supostamente, em razão das agressões. A menina passou quatro dias internada até morrer.