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Culto com deputado Marco Feliciano é interrompido por violar distanciamento

Naian Lopes

Colaboração para o UOL, em Pereira Barreto (SP)

02/05/2021 15h45

Um culto evangélico em Morro Agudo (SP), que contou com a presença do pastor e deputado Marco Feliciano (Republicanos), foi encerrado ontem, 1, pela Vigilância Sanitária Municipal. Segundo a Prefeitura, o evento não respeitou as regras de distanciamento e ultrapassou o limite máximo de ocupação.

Em vídeo e fotos publicadas pelas redes sociais do pastor Felippe Santos, é possível ver o salão lotado - o que viola o decreto do Plano São Paulo, que autoriza a realização de evento religioso com, no máximo, 25% da capacidade do imóvel para conter o avanço da pandemia do coronavírus.

Nas imagens, também é possível notar que as pessoas presentes no local usavam máscara de proteção. Os pastores só retiraram o equipamento no momento que eram chamados para falar com a multidão através do microfone.

Antes do culto, Marco Feliciano teria gravado um vídeo divulgado em aplicativos de mensagens, pedindo que moradores da região participassem do encontro. O Ministério Público do Estado de São Paulo recebeu denúncias sobre o conteúdo das imagens feitas pelo deputado e a promotoria acionou a Vigilância Sanitária e a comissão da OAB para realizar a fiscalização.

Os fiscais chegaram ao local às 20h, quando o culto havia começado há cerca de uma hora. Havia pessoas do lado de fora, porque a entrada da igreja estava bloqueada com fitas para limitar a entrada. Porém, do lado de dentro do salão, foi visto o descumprimento do distanciamento social e a ocupação de público acima dos 25%.

O pastor Felippe foi orientado a encerrar o evento e pediu que as pessoas presentes deixassem o local em 20 minutos, o que foi atendido. Uma notificação foi entregue ao responsável pela igreja, que assinou um termo aceitando cumprir as regras determinadas nos decretos municipal de Monte Azul e do estado de São Paulo.

O UOL tentou contato com a assessoria do pastor Marco Feliciano, mas não obteve resposta. O pastor Felippe Santos também foi procurado, mas não se manifestou até a publicação da reportagem.

Errata: este conteúdo foi atualizado
O nome correto da cidade é Morro Agudo (SP). Feliciano é deputado pelo partido Republicanos. A matéria foi corrigida.