Papa se solidariza e diz que caso Henry é fruto de 'loucura humana'
Leniel Borel, pai do menino Henry Borel, e sua mãe, Noeme Camargo, receberam uma carta de solidariedade do Papa Francisco. No documento, assinado pelo Monsenhor Luigi Roberto Cona, assessor para Assuntos Gerais da Secretaria do Vaticano, o pontífice classifica a morte do garoto como um "massacre".
"O Santo Padre recebeu a carta, triste e aflita, que lhe enviou no dia 14 deste mês de abril, contanto nela as horas amargas que vive o povo o povo brasileiro e também a loucura humana que levou ao massacre do pequenito Henry Borel [...] Considerando o caso dramático referido na missiva, o Papa Francisco incumbiu-me de assegurar a sua paterna vizinhança e solidariedade ao pai Leniel Borel e à avó Nome Camargo, confiando-os à proteção da Virgem Maria com os desejos bons que cada um traz no coração: deixem-se reconhecer como amigos de Jesus; a todos chamem amigos e, de todos, sejam amigos [...] Propiciadora de luz e assistência do Alto para a senhora Noeme e para o senhor Leniel Borel e quantos vivem o seu redor, o Papa Francisco concede-lhes a Bênção Apostólica", diz o documento.
Ao UOL, Leniel se disse emocionado com as palavras carinhosas.
"Eu e minha mãe ficamos gratos por receber a Bênção Apostólica do Papa Francisco. No momento mais difícil de nossas vidas, as palavras de amor e solidariedade transmitidas pelo Santo Padre nos fortalecem na fé, e apoia-nos ainda mais a sermos imitadores de Cristo. A carta ratifica que estamos no caminho certo de se opor ao sentimento de vingança, ódio e indiferença; não nos indignando de forma alguma para fazer o mal. Henry com certeza está feliz que não estamos nos vencendo pelo mal, mas vencendo o mal com o bem", declarou.
O menino Henry morreu no dia 8 de março. Sua mãe, Monique Medeiros e seu padrasto, o vereador Dr, Jairinho, foram presos e são réus no processo que investiga a morte do menino.
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