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Michelle e Damares vão a Saudades, onde 5 pessoas foram mortas em creche

Michelle Bolsonaro, e a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, estiveram hoje em Saudades - Hygino Vasconcellos/UOL
Michelle Bolsonaro, e a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, estiveram hoje em Saudades Imagem: Hygino Vasconcellos/UOL

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em Saudades (SC)

21/05/2021 17h16

A primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, e a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, estiveram hoje em Saudades (SC). Em 4 de maio, cinco pessoas foram mortas e uma ficou ferida após um homem de 18 anos invadir a Escola Aquarela. Entre os mortos estavam três crianças com menos de dois anos.

Antes de chegar a Saudades, Michelle e Damares participaram de um churrasco com o prefeito de Chapecó João Rodrigues (PSD). O almoço foi numa chácara, no interior de Chapecó, a 67 km de Saudades. Michelle foi presenteada com duas camisas da Chapecoense. Em nota, a prefeitura de Chapecó reforçou que apesar da "presença de lideranças políticas, o encontro não teve cunho político".

Depois do almoço elas seguiram para Saudades. O itinerário não foi divulgado, mas a prefeitura informou ainda que Michelle e Damares vão visitar a creche Aquarela. As duas chegaram a Saudades por volta e foram direto para a AERC (Associação Esportiva Recreativa Ceraçá), mas a imprensa não pode acompanhar. Na saída da associação não se manifestaram.

A avó de uma das vítimas foi até o local encontrar a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e a ministra Damares Alves. Ao UOL, em tom de indignação, ela criticou a ida da comitiva à cidade cerca de duas semanas depois do ataque.

"Eu perguntei para ela o que ela veio fazer aqui. Ela falou que veio trazer um suporte, veio trazer alguma coisa para a cidade. A cidade você pode olhar em volta. Não precisa trazer nada. Tem tudo nessa cidade. [Tem] um povo trabalhador, que se esforça. A única coisa que não tem é olhar a dor do próximo. É ter uma assistência para a população dessa cidade", afirmou ela, em tom de desabafo.

"A minha indignação é tanta que eu já chorei tanto hoje, mas tanto, que a minha vontade é de explodir. Eu não digo 'ah, ela não deveria ter vindo'. Deveria na primeira semana. Na primeira semana, ela deveria ter abraçado a causa e visto o que essa população precisa", acrescentou.

"A vida professora [choro] não volta, que trabalhava com meu filho. Mas eu vou lutar. A vida da minha neta não foi em vão. Não foi. Eu vou lutar para que essa cidade seja vista", concluiu.