PM acusa colegas de difamação por montagem do filho com emoji de berinjela
Um soldado da Polícia Militar de São Paulo está acusando um sargento de difamação por fazer insinuações a respeito de sua sexualidade, após uma foto de seu filho recém-nascido ser compartilhada em uma montagem com um emoji de berinjela. A figura é muito usada para se referir ao órgão sexual masculino em conversas por mensagem de texto.
Em vídeo publicado ontem nas redes sociais, Guilherme Ferreira, do 13º Batalhão, da Companhia Tática Nova Luz, disse que parte das ofensas partiram de um sargento da PM.
O soldado, que também é fisiculturista e possui uma dieta restrita, contou que o episódio aconteceu após ele fazer um vídeo no Instagram afirmando que estava com vontade de comer berinjela.
Eu estou em um campeonato em vista e quem conhece sabe que a gente tem vontade de comer coisas fora da dieta, é normal. E, recentemente, eu fiz um stories falando que eu estava com vontade de comer uma berinjela. Aí uma certa pessoa pegou o meu vídeo e começou a espalhar, tentando atingir a minha sexualidade, falando que eu sou gay por causa da berinjela."
Segundo o soldado, o autor das ofensas publicou as mensagens em um grupo com outros policiais militares. Em prints divulgados por Guilherme, o sargento compartilha figuras homofóbicas para falar sobre o soldado.
É mesaniversário do meu filho, eu estava junto com a minha família comemorando e me deparo com esse print, essa conversa. A pessoa tentando usar da sexualidade [para me ofender]. Isso é um desrespeito a mim, um desrespeito a pessoas de ambas sexualidades."
O soldado, que é casado, afirmou que é heterossexual e casado com uma mulher. "É um ato totalmente desnecessário", defendeu Guilherme. "Para um cara estar na figura de sargento, ele representa um pelotão, ele deveria dar exemplo para a tropa, ser um espelho também para a sociedade. Essa brincadeira não tem graça nenhuma."
Guilherme ainda disse que prestará boletim de ocorrência sobre a situação.
O UOL entrou em contato com a Polícia Militar de São Paulo, que afirmou ser "uma instituição legalista" e que "não compactua com nenhum tipo de discriminação."
A instituição também disse que Guilherme Ferreira ainda não formalizou a denúncia, mas que "o comandante do 13º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, ao tomar conhecimento do vídeo, imediatamente instaurou Inquérito Policial Militar para apurar os fatos."
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