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Ecko foi baleado pela 2ª vez ao tentar tirar arma de policial, diz Polícia

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

12/06/2021 14h57Atualizada em 12/06/2021 21h02

O miliciano Welligton da Silva Braga, conhecido como Ecko, morto hoje em uma operação da Polícia Civil para prendê-lo, recebeu dois tiros na ação. O segundo disparo ocorreu dentro de um veículo da polícia após o criminoso tentar tirar a arma de uma policial, segundo versão da Polícia Civil do Rio.

Ainda de acordo com a Polícia, antes Ecko já havia sido atingido por um disparo em confronto com policiais que invadiram o imóvel onde ele estava na comunidade dos Três Rios, em Paciência, na zona oeste.

O segundo disparo ocorreu dentro do veículo que o levava para o helicóptero da Polícia Civil.

O miliciano, um dos criminosos mais procurados do país, foi socorrido com vida dentro da aeronave, mas não resistiu. Ele foi levado ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, na zona Sul do Rio.

Ao todo, 21 policiais participaram da operação Dias dos Namorados. Segundo o delegado Felipe Curi, diretor do Departamento geral de Polícia Especializada, foi utilizado um efetivo reduzido para que a equipe não fosse descoberta. Dois helicópteros deram apoio à ação. De acordo com Curi, equipes da Polícia Civil cercaram a casa.

"O cerco foi meticulosamente planejado. Colocamos uma equipe na parte de trás da casa, outras equipes entrando pela frente. Quando o helicóptero fez o sobrevoo por cima do imóvel, ele tentou fugir justamente pelos fundos da casa. Teve confronto. Ele voltou para dentro da casa e as equipes que estavam entrando pela frente bateram de frente com ele. Foi neutralizado", explicou o delegado Felipe Curi.

Já o subsecretário de Polícia Civil, Rodrigo Oliveira explicou que a operação " Dias dos Namorados" ocorreu na manhã de hoje devido às informações de monitoramento do criminoso que indicavam que ele se encontraria no imóvel com a esposa.

"A data de hoje foi escolhida especificamente por ser Dia dos Namorados. Uma informação que a gente tinha dava conta da presença dele junto com a sua esposa. A gente está de prontidão há três dias, aguardando o momento. Quando nos tivemos a certeza que o miliciano estava naquela residência, o cerco foi feito com diversas unidades envolvidas", disse o delegado.

Ecko tentou fugir pelos fundos do imóvel. Houve confronto e acabou baleado.

Investigações

Felipe Curi explicou ainda que a polícia avançou nas investigações para localizar Ecko, após um trabalho iniciado para desarticulação de farmácias de milícias que terminou com a prisão de 19 milicianos.

"Unificamos nossas informações juntamente com dados de inteligência da Subsecretaria de Inteligência e entramos na reta final da identificação do paradeiro do criminoso. As investigações foram unificadas e depois disso chegamos muito rápido ao paradeiro desse criminoso.

De acordo com Felipe Curi, a Polícia Civil já têm informações sobre os possíveis sucessores de Ecko.

"Já temos algumas pessoas possíveis que farão essa sucessão [do Ecko]. A gente não pode dar mais detalhes pois da mesma forma que a gente neutralizou o Ecko, a gente também vai para cima dessas pessoas, seja lá quem sentar ali, já está na mira da Polícia Civil . A gente já sabe quem são os candidatos", disse Curi.

Sucessor do irmão

Ecko, assumiu o comando da maior milícia do Rio, após a morte doirmão, Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, ocorrida em abril de 2017, durante uma ação da Polícia Civil em Paciência, na zona oeste. A Liga da Justiça passou a se chamar Bonde do Ecko. A quadrilha explora serviços de gás, TV a cabo e transporte alternativo e atua também na Baixada Fluminense.