Vítima de tentativa de assassinato é dada como morta e reaparece viva em MS
Um homem de 33 anos que havia sido considerado morto apareceu vivo em Paraíso das Águas, em Mato Grosso do Sul. As Polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros haviam mobilizado ontem equipes para encontrar o corpo dele que teria sido supostamente assassinado e jogado de uma ponte.
A busca começou depois que um homem confessou ter participado do assassinado da suposta vítima na quarta-feira (9). Segundo a denúncia, Mário Lima havia sido morto por João Carlos Colman Freitas, de 38 anos. O crime aconteceu no dia 31 de maio.
João teria esfaqueado Mário e o jogado da ponte no Rio Verde. Ele teria recebido ajuda de José Augusto, que confessou o crime e foi preso em flagrante. No depoimento, José afirmou que, após o suposto assassinato, a dupla sofreu um acidente de trânsito e o automóvel caiu no rio. O colega, João Carlos, ficou preso às ferragens e morreu afogado.
Ao mesmo tempo que equipes foram mobilizadas para encontrar o corpo de Mário, outra equipe foi até o local indicado pelo suspeito para o acidente e localizou o carro. O corpo de João Carlos estava já em estado de decomposição.
Diante das evidências, José Augusto foi preso em flagrante pelo assassinato de Mário Lima, ainda que o corpo não tivesse sido encontrado pelas equipes da busca. O suspeito chegou a passar por uma audiência de custódia ontem e o flagrante foi convertido em prisão preventiva.
A história estaria praticamente encerrada não fosse por um dado curioso: Mário Lima, a vítima de assassinato, apareceu vivo na cidade ontem ao final do dia, surpreendendo familiares e a própria polícia, que o convocou para depor.
Em depoimento, ele contou à polícia que tinha acabado de sacar R$ 2 mil e havia encontrado a dupla num bar da cidade. Os três passaram a se embebedar, ainda no dia 30 de maio. Segundo a vítima, ela acordou no dia seguinte desnorteada e em uma pousada nas proximidades de Campo Grande (MS), que fica a 277 km de Paraíso das Águas. Ele disse que estava sem dinheiro e sem o aparelho de celular.
Questionado pelos policiais o motivo de não ter avisado à família que estava vivo, o homem alegou que não sabia foi dado como morto e que não tinha condições financeiras de retornar e, por isso, teria pedido ajuda para a Assistência Social da capital, que possibilitou o transporte apenas ontem.
Diante dos fatos, José Augusto foi libertado porque a vítima não foi assassinada. Entretanto, ele deve responder por homicídio com eventual dolo, por conta do acidente que matou o outro suspeito, e pelo roubo dos R$ 2 mil.
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