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Filha de pastor que teve mal súbito surfando morre 2 meses depois, aos 26

Mariana Migliorini e o pai, Robson Baião, morreram em um intervalo de dois meses - Reprodução/ Facebook/ Instagram @marianamigliorinirez
Mariana Migliorini e o pai, Robson Baião, morreram em um intervalo de dois meses Imagem: Reprodução/ Facebook/ Instagram @marianamigliorinirez

Caio Santana

Do UOL, em São Paulo

23/06/2021 19h59Atualizada em 24/06/2021 10h37

Mariana Migliorini Rezende de Jesus, de 26 anos, morreu na última segunda-feira (21) pouco mais de dois meses depois do pai, Robson Baião, que não resistiu a um mal súbito enquanto surfava em Guarapari, no Espírito Santo.

Ela era a filha mais velha do pastor, que era surfista amador, e havia herdado uma rede de clínicas odontológicas do pai. Parentes contam que ela passou mal na manhã do dia da morte, com náuseas e dores, início dos sintomas de um infarto, segundo um tio da jovem.

Mariana havia feito uma cirurgia para redução dos seios na segunda-feira (14), uma semana antes de sua morte, e não foram detectadas alterações nos exames pré-operatórios.

"O procedimento, o pós-cirúrgico e os exames foram tudo certo. [...] Quando ela foi para o hospital [na segunda-feira], 21, ninguém considerou que poderia ser um infarto", disse Abner Rezende, tio da jovem e irmão do pastor Robson, em entrevista ao UOL.

"Ela começou a passar mal, sentir dor e teve um infarto não detectado no momento, o que pode acontecer com qualquer um", relatou o tio sobre as informações coletadas por uma tia da empresária, que é da área da saúde, ao conversar com a equipe de médicos que a atendeu.

foto 1 - Reprodução/ Facebook - Reprodução/ Facebook
Mariana deixa marido e filho de um ano e quatro meses
Imagem: Reprodução/ Facebook

"O fato do meu pai ter tido um infarto com 34 anos, depois o meu irmão [Robson] que morreu com 53 anos de infarto fulminante, depois de ter o primeiro com 48 [pode ter contribuído]", opinou Abner.

Como o pai, Mariana também surfava e praticava corrida com o marido. A morte dela ocorreu por volta das 16h30 e o corpo foi liberado ainda no mesmo dia para sepultamento.

"A solidariedade que tiveram com o meu irmão [foi grande], ele era muito conhecido. Ela não era conhecida, mas como foi quase tudo junto e ela muito nova, a comoção [está sendo] tão grande quanto", declarou o tio.

A rede de clínicas odontológicas que a jovem herdou do pai publicou uma nota de pesar pela partida repentina da jovem.

"Mariana nos deixa em sua plena juventude, mas nos deixa a certeza de que não é o tempo que nos faz alcançar a eternidade, mas sim uma vida em servidão e temor a Deus", escreveu o perfil do Instagram da empresa.

Além de mãe, empresária e surfista, o tio de Mariana conta que ela também era seminarista no Seminário Surfistas de Cristo, fundado pelo pai em Guarapari.

Emocionado, ele conta as lembranças que vai ter da sobrinha: "A maior lembrança que vamos ter dela é o filho. A gente que conhecia ela, que via ela pegando onda, uma menina simples, que nunca foi de ir em shopping e boutique, [víamos] que ela era uma mãe espetacular".

Mariana deixa o marido e um filho de um ano e quatro meses.