Procurador que atirou na própria mãe ao ameaçar cunhado é solto no DF
O procurador Henrique Celso Gonçalves Marini e Souza, preso preventivamente após atirar na própria mãe enquanto ameaçava o cunhado, recebeu na tarde de hoje um habeas corpus. A decisão partiu da Segunda Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
O advogado do homem, Karlos Eduardo de Souza Mares, argumentou que o servidor federal, que trabalha para a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), pensou que o cunhado estava armado e, por isso, "buscou uma arma de fogo para se proteger e efetuou disparos", com um deles acertando a senhora de raspão.
Apesar de validar argumentos da defesa ao determinar a soltura, o Tribunal expediu uma medida restritiva proibindo Henrique de ficar a menos de 300 metros de sua mulher ou tentar contato com ela por telefone, já que relatos de testemunhas que estavam no local do incidente afirmaram que a confusão começou quando ele agrediu a companheira e a própria irmã.
Já as nove armas de fogo encontradas na casa do investigado, além de aproximadamente mil munições e facas de caça, pertenceriam ao falecido pai do procurador, que era brigadeiro da aeronáutica.
Após ser atingida por um tiro, a mãe de Henrique recebeu atendimento médico e não precisou ficar internada.
Ao pedir a soltura de seu cliente, o advogado de Henrique argumentou que ele é réu primário, tem emprego e residência fixa e que ele não representa perigo à sociedade.
Além disso, o defensor alegou que ele é hipertenso e diabético, e faz uso de medicação diária e aplicações subcutâneas semanais, pertencendo ao grupo de risco da covid-19.
Na liminar de soltura, o desembargador do TJDFT afirmou que Henrique havia bebido no dia de fato e que, após agredir a mulher e irmã, tentou atirar no cunhado, irmão da companheira.
Depois que o procurador efetuou quatro disparos, um deles atingindo a mãe, seu cunhado, sua mulher, os quatro filhos, sua irmã e sua mãe se trancaram em uma suíte enquanto aguardavam a chegada da Polícia Militar.
Já o investigado se trancou em outro cômodo e ameaçou tirar a própria vida, se rendendo apenas após negociação com os policiais.
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