Família reativa perfil de 'Gatinha da Cracolândia' e seguidores multiplicam
Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, voltou a marcar presença nas redes sociais em um perfil administrado por sua família. A antiga página da mulher no Instagram foi reativada ontem após sair do ar em 22 de julho, mesmo dia em que ela foi presa sob acusação de tráfico de drogas.
Apesar de ainda estar presa, a "gatinha da Cracolândia" ganhou seguidores no perfil desde seu "retorno" virtual. O último registro no site de monitoramento Socialblade, que contabiliza números em redes sociais, foi em 22 de julho e registrava 36.102 seguidores na conta de Lorraine. Hoje, a contagem já chegou a 55.700.
No perfil, não constam novas fotos. A última postagem feita é de 20 de setembro de 2020. Já nos destaques do Instagram, os administradores deixaram apenas uma aba, em que compartilharam stories autenticando a conta como a única verdadeira, já que Lorraine ganhou vários perfis falsos e fã clubes depois da prisão.
Adriana Azevedo, mãe da investigada, também fez postagens nas últimas 24 horas reforçando seu apoio a filha. Com fotos e vídeos da mulher tocando piano, visitando um aquário e provando um vestido de festa.
"Amo incondicionalmente, estarei com você até o fim", escreveu ela em uma das publicações. "Sempre será minha princesa", afirmou em outra.
Investigada enviou carta à mãe
Lorraine enviou uma carta escrita de próprio punho para a mãe no início dessa semana. No texto, ao qual o UOL teve acesso, ela pede para não trocar a advogada responsável pela sua defesa e faz um apelo: "Não esquece de mim".
Segundo investigações da Polícia Civil, a mulher lucrava cerca de R$ 6 mil por dia na maior feira livre de venda de drogas na região central de São Paulo. O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) converteu a prisão em flagrante em preventiva na sexta-feira (23).
Lorraine estava sendo representada por Ana Paula Muniz Soares desde quando foi presa em flagrante pela primeira vez sob a acusação de envolvimento com o tráfico junto com o companheiro André Luiz Santos de Almeida, há quatro semanas. Na ocasião, a prisão dela foi convertida em domiciliar, já que a jovem tem uma filha de 1 ano de idade.
Entretanto, a advogada deixou o caso desde ontem (25) à noite, por decisão da família. "Ela [Lorraine] desenvolveu uma relação de confiança comigo. É uma menina de personalidade forte, mas está bastante abalada", disse Ana Paula Muniz Soares em entrevista ao UOL.
No texto, Lorraine pede para que a mãe reconsidere a decisão e mantenha a defensora no caso, devido ao vínculo estabelecido entre as duas nos últimos dias.
Oi, mãe. Eu sei que nesse momento eu não posso decidir nem pedir nada pra você. Mas eu preciso da Ana (...). Ela está me confortando e me ajudando muito. Eu não posso te ver nem a [cita o nome da filha], então pelo menos preciso de alguém como ela. Te amo muito [emoji de coração]. Não esquece de mim."
Trechos da carta escrita por Lorraine para a mãe
A jovem está detida na carceragem do 89º Distrito Policial (Morumbi) à disposição da Polícia Civil, que investiga um esquema de tráfico de drogas na região conhecida como Cracolândia, na região central de São Paulo.
Força-tarefa na Cracolândia
Na semana passada, agentes do 77º Distrito Policial (Santa Cecília) cumpriram um mandado de prisão temporária contra Lorraine em uma casa em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. De lá, partiram para o centro da capital, onde apreenderam o equivalente a quase R$ 10 mil em drogas em uma mochila escondida em um hotel de dois andares na rua Helvetia, em Santa Cecília.
Em um vídeo obtido pelo UOL, Lorraine aparece sentada na caçamba da viatura e com as mãos para trás, como se estivesse algemada, e indica o local onde escondia as drogas. "É aquele [prédio] laranja ali. Eles sempre entram pra lá e pra cá, moço."
Para acessar a área, foi necessária uma ação em conjunto com cerca de 30 guardas municipais, que conseguiram entrar no hotel de dois andares, onde encontraram crack, cocaína, maconha, ecstasy e lança-perfume. Os agentes ainda apreenderam uma faca, uma balança de precisão e o celular de Lorraine, conforme consta no boletim de ocorrência registrado pelo 77º Distrito Policial.
Lorraine então foi levada a uma sala na delegacia, onde foi ouvida pelo delegado Severino Pereira de Vasconcelos. A conversa não durou dez minutos. "Ela estava tranquila. Demonstrou domínio das emoções. É uma pessoa que não se abala facilmente", contou o delegado.
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