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Caminhoneiro refém por 4 dias após aceitar falso frete é resgatado, em SP

Colaboração para o UOL

17/08/2021 21h23Atualizada em 18/08/2021 08h40

Um caminhoneiro de Santa Rosa do Sul, em Santa Catarina, foi libertado na tarde de hoje após ser mantido em cativeiro, em Osasco (SP), ao longo de quatro dias. A vítima, que teria sido enganada por um falso serviço de frete, retornou para casa e foi recebido com festa pela família.

O caso foi investigado pelas Polícias Civis de São Paulo e Santa Catarina. Os agentes descobriram que a vítima teria sido atraída ao estado paulista após receber "um vantajoso trabalho de frete". A quadrilha o rendeu e passou a praticar a tentativa de extorsão.

"Nós montamos uma força-tarefa, ficamos acompanhando as negociações e fizemos as investigações. A Diretoria de Inteligência da Polícia Civil colocou agentes à disposição para nos ajudar nesse sentido. Fizemos contato com a delegacia de São Paulo que é a divisão de sequestros de lá, que foi nos passando informações e nós fomos auxiliando nas negociações com a família aqui", contou o delegado de Santa Rosa do Sul, André Coltro.

Após as negociações, a vítima foi libertada sem sinais de tortura. Ainda não houve prisão dos sequestradores, mas um deles já foi identificado.

Refém - Divulgação/Polícia Civil de SC - Divulgação/Polícia Civil de SC
Caminhoneiro foi libertado de cativeiro, em Osasco (SP), e já voltou para casa
Imagem: Divulgação/Polícia Civil de SC

Alerta de golpes contra caminhoneiros

De acordo com a Polícia Civil de Santa Catarina, a Delegacia de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais vem recebendo recentes casos de extorsão mediante sequestro de caminhoneiros que recebem falsos trabalhos de fretes. Os altos valores oferecidos acabam atraindo as vítimas às cidades marcadas para pegar a suposta mercadoria.

O delegado Anselmo Cruz, de Santa Catarina, contabiliza registros de casos contra motoristas do estado, além de outros do Paraná, Rio Grande do Sul e de São Paulo.

"Mesmo indo com caminhões vazios, em locais próximos a Osasco, em frente a empresas de logística, eles costumam ser abordados diretamente por assaltantes ou por alguém de jaleco de empresa orientando a seguir para outro portão. Depois, ocorrem as extorsões por meio de saques nas contas das vítimas enquanto os motoristas ficam em cativeiro", explicou, em comunicado, a Polícia Civil de Santa Catarina.