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'Playboy' é preso após áudio em que dizia: 'Matar policial não dá em nada'

Diony Lopes Torres, conhecido como Playboy, foi preso no RJ - Divulgação/Polícia Civil
Diony Lopes Torres, conhecido como Playboy, foi preso no RJ Imagem: Divulgação/Polícia Civil

Tatiana Campbell

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

20/08/2021 11h40Atualizada em 20/08/2021 13h50

Apontado pela polícia como chefe de tráfico de drogas no Rio de Janeiro, Diony Lopes Torres, conhecido como Playboy, foi preso ontem à noite, no momento em que se preparava para fugir para o Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Playboy, que tem 38 anos, é investigado por ordenar ataques a policiais e ameaçar comerciantes da Baixada Fluminense.

Investigado por tráfico de drogas, ele foi localizado por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFC). Playboy é apontado pela Polícia Civil como o chefe do tráfico da comunidade Vila Sapê, em Duque de Caxias, na Baixada.

Na quarta-feira (18) os agentes chegaram a realizar uma operação para prender integrantes de uma facção criminosa e Playboy era um dos alvos, porém não havia sido localizado. O braço direito dele, conhecido apenas como Jamaica, foi preso nesta ação.

Através de escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça, é possível ouvir Playboy dizendo que "se um policial morrer, não dá em nada".

"Esses cara aí [RECOM - Rondas Especiais e Controle de Multidões] não pode entrar na favela, não. Se eles entrar na favela e tomar um tiro, dá em nada. Se matar um deles não dá em nada, papo reto mesmo", diz o acusado no áudio interceptado pela polícia.

Segundo a Polícia Civil, Playboy foi preso no distrito de Piabetá, em Magé, município da Baixada Fluminense, durante uma tentativa de fuga para o Complexo do Alemão.

"Ele já estava sendo monitorado aqui pela especializada por ser responsável por diversos roubos de carros. Na operação de quarta ele conseguiu fugir, mas estávamos de olho nele e conseguimos prendê-lo em Piabetá. Ele tem esse histórico agressivo, principalmente contra policiais dizendo que a vida do policial não vale nada", disse ao UOL Márcio Braga, titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis.

O investigado responde, além de diversos roubos, por tráfico internacional de armas de fogo e drogas. Contra ele havia um mandado de prisão preventiva por associação criminosa.