Topo

Esse conteúdo é antigo

Estátua de Pedro Álvares Cabral é incendiada no Rio de Janeiro

Estátua foi incendiada nesta terça (24) - Reprodução/Twitter urucumirim
Estátua foi incendiada nesta terça (24) Imagem: Reprodução/Twitter urucumirim

Do UOL, em São Paulo

25/08/2021 15h22Atualizada em 25/08/2021 20h51

O monumento Descobrimento do Brasil, localizado no Largo da Glória, no Rio de Janeiro, foi incendiado na madrugada de ontem. A homenagem possui imagens representando Pedro Álvares Cabral, Pero Vaz de Caminha e frei Henrique de Coimbra. De acordo com a Secretaria Municipal de Conservação, um boletim de ocorrência foi aberto para que a Polícia Civil investigue o caso.

Em nota, a Secretaria ainda informou que a Gerência de Monumentos e Chafarizes, vinculada à Conservação, iniciou ontem um trabalho de limpeza e está avaliando os danos causados pelo fogo. A Polícia infirmou ao UOL que o caso foi registrado na 9ª DP (Catete) e que equipes "realizam diligências em busca de imagens e testemunhas que ajudem a identificar a autoria do fato".

Cenas do incêndio circulam nas redes sociais e um perfil intitulado "urucumirim" reivindicou o ato como um protesto contra o Marco Temporal, que deve ser julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a partir de hoje. A ação defende que povos indígenas só podem reivindicar terras onde já estavam no dia 5 de outubro de 1988, quando a Constituição do Brasil entrou em vigor.

marco temporal - Reprodução/Twitter urucumirim - Reprodução/Twitter urucumirim
Ato foi em protesto ao Marco Temporal
Imagem: Reprodução/Twitter urucumirim

O monumento foi inaugurado em 13 de maio de 1900 com o intuito de comemorar o quarto centenário da chegada de Cabral. A obra é assinada por Rodolfo Bernardelli e traz sobre um pedestal de granito as figuras em bronze de Pedro Álvares Cabral, tendo atrás Pero Vaz de Caminha e Frei Henrique Soares de Coimbra e foi fundida na oficina Thiebaut, em Paris.

Em julho, um grupo incendiou a estátua em homenagem ao bandeirante Borba Gato, instalada na Praça Augusto Tortorelo de Araújo, no distrito de Santo Amaro, em São Paulo. Um dos supostos autores disse que o objetivo da ação era abrir um debate sobre o monumento a um "genocida e abusador de mulheres", nas palavras dele.