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Homem é preso suspeito de torturar mulheres em 'tribunal do crime' em MG

Segundo delegados, mais duas pessoas estariam envolvidas na tortura de três mulheres - Divulgação/PCMG
Segundo delegados, mais duas pessoas estariam envolvidas na tortura de três mulheres Imagem: Divulgação/PCMG

Do UOL, em São Paulo

25/08/2021 16h58Atualizada em 25/08/2021 17h01

Um homem de 19 anos foi preso suspeito de torturar três mulheres com golpes de correia e mangueira em um "tribunal do crime" na cidade de Ibitiré, região metropolitana de Belo Horizonte.

Além dele, outras duas pessoas são investigadas por participação nos crimes. Uma delas já possui mandado de prisão em aberto. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o homem, que não foi identificado, foi detido na última sexta-feira (20).

As vítimas, que tiveram os nomes preservados, têm 39, 42 e 54 anos. As investigações sobre a tortura praticada contra elas começaram em março, depois que o "tribunal do crime" divulgou imagens das agressões em redes sociais.

"A partir daí conseguimos identificar dois indivíduos que torturaram três vítimas mulheres no aglomerado. Os suspeitos criaram uma espécie de tribunal no local para punir, com castigos pessoais, moradores que tentavam impedir a atuação do tráfico de drogas ou coibir práticas de crimes", detalhou em coletiva de imprensa Túlio Leno, titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil do Barreiro.

Ainda segundo a autoridade, o trio foi torturado após um desentendimento com uma quarta mulher, que encomendou as agressões ao grupo. "Essa mulher, ao invés de procurar os órgãos oficiais de segurança pública, recorreu ao grupo criminoso que aplicou o castigo".

De acordo com o delegado regional do Barreiro, Rômulo Dias, a comunidade em que os crimes teriam ocorrido é considerada um local pacificado.

"A Vila Bernadete, hoje, é um local onde as forças de segurança do Estado estão agindo de forma recorrente. Esses vídeos foram gravados no momento em que as viaturas estavam em outro local", afirma o delegado.

"É comum a PCMG entrar no aglomerado sem qualquer tipo de confronto, já que a área é pacificada. Tanto que após as imagens serem divulgadas, e diante de uma iminente ação da PCMG, os suspeitos saíram do local. Ali não existe domínio de facção criminosa", concluiu.

Os suspeitos podem responder pelos crimes de tortura e associação criminosa. A investigação deve continuar para identificar o possível envolvimento de outras pessoas.