Suspeitos de ligação com o 'golpe do motoboy' são presos com carros de luxo
Quatro homens e 93 veículos de luxo foram apreendidos pela Polícia Civil do Distrito Federal na manhã de ontem durante a deflagração da Operação Captis, que ocorreu simultaneamente no Distrito Federal e nas cidades de São Paulo, São Caetano e Guarujá. A ação visa a desarticulação de uma organização criminosa que, segundo a corporação, estava envolvida com os crimes de outro grupo, detido em 2018, que era especializado no "golpe do motoboy".
Ao todo, foram apreendidos 93 veículos das marcas Porsche, Mercedes-Benz e BMW, avaliados em R$ 18 milhões, além de R$ 580 mil, em espécie, artigos de luxo e outros objetos destinados à prova das práticas criminosas, como centenas de cartões bancários e chips de aparelhos telefônicos. Os imóveis dos investigados também foram alvo de mandatos.
A operação contou com 130 policiais civis e contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo. A polícia acredita que os suspeitos são especializados em crimes de estelionato e lavagem de dinheiro em todo o território nacional. Além das quatro prisões temporárias, um homem foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Os detidos foram levados ao Distrito Federal.
"Golpe do motoboy"
O esquema consiste em enganar as vítimas, que em sua maioria são idosas, sobre uma suposta fraude nos cartões. Os indivíduos se passam por funcionários de instituições bancárias, oferecendo um serviço de motoboy para buscar os cartões supostamente clonados em suas casas. Após a retirada dos cartões, os suspeitos efetuam grandes compras em atacadistas, em especial de aparelhos eletrônicos, televisores e smartphones.
Em 2018, a Polícia Civil iniciou uma investigação sobre a articulação de uma organização criminosa especializada no golpe. Na época, foram indiciados 12 membros desse grupo criminoso que executava os golpes em Brasília, mas foi constatado que a função das chamadas telefônicas que enganavam as vítimas eram realizadas por outro grupo, que até então não havia sido identificado.
Com a continuação da investigação sobre os crimes, a Polícia Civil encontrou os suspeitos que coordenavam a ação ontem. Esse
grupo mantinha base na cidade de São Paulo e além de ser responsável pelas chamadas falsas às vítimas, também detinha o controle de toda a movimentação financeira.
O grupo mantinha um pequeno lava-jato na capital paulista, no ano de 2018, e atualmente mantinha uma rede de lojas de carros de luxo com faturamento de quase R$ 14 milhões em 2020.
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