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Paciente sobrevive após ferro de arma caseira atravessar pescoço: 'Milagre'

Por menos de 1cm a arma caseira não atingiu a carótida interna (artéria que irriga o cérebro) de Aldinailson - HSM/Prefeitura de Santarém/Divulgação
Por menos de 1cm a arma caseira não atingiu a carótida interna (artéria que irriga o cérebro) de Aldinailson Imagem: HSM/Prefeitura de Santarém/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

24/09/2021 09h07Atualizada em 24/09/2021 12h45

Aldinailson Pereira da Silva, de 29 anos, viveu momentos de terror na segunda-feira (20), em Monte Alegre (PA), ao sofrer um acidente com "bufete", arma caseira com ferro semelhante a uma espingarda. O ferro atravessou a região entre o pescoço e o crânio do homem e por menos de 1 centímetro não atingiu a carótida interna, artéria que irriga o cérebro. "Eu sou um milagre", disse ele após o susto.

"Eu estava mexendo no bufete para caçar a noite, mas ele disparou e eu pensei até que tinham atirado em mim. O meu irmão e meu cunhado falaram que era o ferro da arma caseira. Todos ficaram desesperados, minha família estava perto. Quando eu toquei no ferro tive certeza que ia morrer, era só no que eu pensava", disse Aldinailson, em declaração à secretaria de saúde de Monte Alegre.

Ele foi atendido no Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) por meio da Transferência Fora de Domicílio (TFD) e passou por uma operação na madrugada de terça-feira.

Morador da comunidade Perímetro, no município de Monte Alegre, ele disse ainda que ficou com medo de como a notícia chegaria a sua esposa, que está grávida de gêmeos. Ele já é pai de 5 filhos.

"Ele é um milagre, foi questão de menos de 1 centímetro a distância da carótida interna, que é uma grande artéria que irriga o cérebro, se houvesse lesão nessa arterial ele morreria e não teria nem chance", afirmou o cirurgião geral Vinicius Savino.

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Adinailson passou por cirurgia e não ficou com sequelas. Nas mãos dele, o objeto que atravessou seu pescoço e crânio
Imagem: HSM/Prefeitura de Santarém/Divulgação

O médico explica ainda que o ferro transfixou a região inframandibular, fixando-se atrás do pavilhão auricular direito e fez um edema local.

Os especialistas avaliaram que não havia comprometimento dos grandes vasos, entre elas, a artéria jugular, artéria carótida interna, externa, veia jugular interna e externa e por esse motivo, a cirurgia foi um sucesso.

"Se não fosse Deus e a equipe de médicos e enfermeiros do Hospital Municipal de Santarém eu poderia ter morrido ou sofrido alguma sequela", afirmou Aldinailson.

Ele recebeu alta na manhã de quarta-feira e passa bem.