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Ginecologista é preso suspeito de abusar de pacientes durante exames, em GO

Polícia divulgou foto de médico para estimular denúncias, já que o ginecologista tem registro em vários estados - Reprodução/ Polícia Civil de Goiás
Polícia divulgou foto de médico para estimular denúncias, já que o ginecologista tem registro em vários estados Imagem: Reprodução/ Polícia Civil de Goiás

Do UOL, em São Paulo

29/09/2021 20h19Atualizada em 29/09/2021 20h19

O médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, foi preso suspeito de abuso sexual contra três pacientes em Anápolis (GO). De acordo com a Polícia Civil, o número de vítimas pode chegar a mais de vinte.

O profissional de saúde também é obstetra e possui registro profissional de medicina ativo em Goiás, Pará, Paraná e no Distrito Federal. Os relatos apontam que ele se aproveitava da realização de exames, como o de ultrassom endovaginal, para "ter uma conduta não condizente com o momento". Por isso, ele responderá pelo crime de violação sexual mediante fraude.

Segundo a Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), vítimas de cidades como Goiânia, Pirenópolis (GO) e Brasília já buscaram informações sobre como denunciar o ginecologista. A corporação afirma ainda que o médico já chegou a ser condenado na capital federal com modo de atuação semelhante aos relatos das vítimas de Anápolis (GO) - e que um outro caso semelhante, registrado no Paraná, acabou sendo arquivado.

Procurada pelo UOL, a defesa do suspeito, em nota, afirmou ainda não ter acesso na íntegra aos autos, mas disse que o profissional de saúde "em nenhum momento realizou qualquer tipo de procedimento médico de cunho sexual". Segundo o advogado Carlos Eduardo Gonçalves Martins, que o representa, outras pacientes contataram familiares de Nicodemos "se prontificando em prestar depoimento em favor do profissional".

O ginecologista foi ouvido pela polícia em interrogatório no final da manhã de hoje e, após exame de corpo de delito, foi encaminhado à Unidade Prisional de Anápolis.

Procurado pelo UOL, o Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) informou ter tomado conhecimento das denúncias contra o ginecologista e obstetra após as divulgações da polícia. O órgão afirma que "vai apurar o caso e a conduta do médico no exercício profissional".