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Vídeo mostra empresário momentos antes de perder contato com família, no RJ

Alberto César Romano Júnior, de 33 anos, desapareceu na sexta; seu carro foi encontrado na tarde de domingo (26) - Reprodução/Facebook
Alberto César Romano Júnior, de 33 anos, desapareceu na sexta; seu carro foi encontrado na tarde de domingo (26) Imagem: Reprodução/Facebook

Tatiana Campbell

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

29/09/2021 19h15

O empresário Alberto César Romano Júnior, 33, aparece em imagens de câmeras de segurança do Shopping Barra World momentos antes de perder contato com a família, na última sexta-feira (24).

No primeiro registro, às 18h18, o homem aparece no guichê de atendimento, deixando o local onde costumava cortar os cabelos. Dois minutos depois, ele aparece, ao que tudo indica, conversando com uma pessoa numa moto, por cerca de 30 segundos. A polícia investiga se o diálogo, de fato, ocorreu e a identidade do motociclista. Em seguida, o empresário caminha em direção ao carro.

Segundo a investigação, imagens complementares já estão de posse de agentes, mas não foram divulgadas. Nelas, Alberto César aparece indo até um restaurante, na mesma região, e encontrando um indivíduo, também não identificado, que se junta a ele no automóvel antes de continuarem o deslocamento.

Ontem, a Polícia Civil disse acreditar que o empresário tenha sido morto por uma milícia da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo as investigações da DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros), Alberto César Romano Júnior seria quem regularizava os terrenos da quadrilha, para as construções a serem exploradas pelo grupo paramilitar. A principal linha de investigação considera que integrantes da facção tenham se desentendido por causa de transação imobiliária, ele tenha sido assassinado e seu corpo, ocultado.

Em conversa com o UOL, a família se disse surpresa com o suposto envolvimento do desaparecido com a milícia. A namorada do empresário, Nathália Aguiar, também negou conhecer a ligação dele com a milícia. "Ninguém da nossa família sabia! Nunca permitiríamos isso! Estamos arrasados. Jamais iríamos permitir que ele corresse esse risco", resumiu, após contato da reportagem.

Segundo a DDPA, a ligação de Alberto César Romano Júnior não seria tão recente. A investigação aponta que ele atuaria desde a época em que a região era dominada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto em 12 de junho, no bairro de Paciência, no Rio de Janeiro. Ele chegou a ser considerado um dos criminosos mais procurados do estado.