O que se sabe até agora sobre o dono de bar que sumiu na Gardênia Azul
O comerciante Thomas de Souza Barros Lima, de 42 anos, está desaparecido desde o domingo (12), quando foi visto pela última vez ao sair para um bar na Gardênia Azul, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. Seu último contato com a mulher aconteceu no meio da madrugada, em tom de alerta: "Se der ruim, sabe onde estou". O paradeiro de Thomas ainda é desconhecido pelas autoridades, mas a polícia trabalha com a hipótese de que ele esteja morto.
Thomas é morador da comunidade de Rio das Pedras há muitos anos e dono de um bar no Pechincha, bairro da zona oeste da cidade. Ele havia fechado o comércio por volta da 1h30 e resolveu sair para beber acompanhado do amigo Jefferson Lima, mais conhecido como DJ, que também não foi localizado pela família do comerciante após o sumiço.
Os dois foram a uma boate ao lado do bar, e depois decidiram ir para outro estabelecimento na Gardênia, bairro vizinho, de acordo com a família. Ainda, segundo uma testemunha, o amigo foi visto comprando gasolina na manhã de domingo, mas não há mais notícias do comerciante desde então. Segundo a família, Thomas era frequentador da Gardênia e não tinha problemas no local.
O caso está sendo investigado pela DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros). Confira o que se sabe até agora.
Mensagens na madrugada
Por volta das 3h20, Thomas enviou uma mensagem para a mulher por meio do aplicativo WhatsApp em tom de alerta. "Amor, tô na Gardênia. Se der ruim, sabe onde estou", escreveu. Quase uma hora mais tarde, Thomas fez o último contato com a família ao enviar novamente a sua localização em mensagem de texto, apenas com a palavra "Gardênia".
Segundo testemunhas contaram à família, Thomas tinha se envolvido em uma briga e sido arrastado para um baile dentro da comunidade, chamada de Campo do Favelão, na Gardênia. Ainda, de acordo com relatos, após o incidente o comerciante teria tentado negociar uma trégua para a confusão, mas acabou sendo morto a tiros, próximo a um campo.
"Quando ele mandou outra mensagem com a palavra Gardênia, a gente acredita que ele estava pedindo algum tipo de ajuda, mas a esposa dele estava dormindo em casa, com o filho, e só viu a mensagem depois das 7h", disse Thainá de Souza, irmã de Thomás, ao UOL.
Carro queimado
Ao visualizar as mensagens e não ter notícias do marido, a mulher de Thomás resolveu alertar toda a família, que iniciou as buscas pelo paradeiro do comerciante. Segundo a irmã, eles foram até a Gardênia, mas encontraram resistência das pessoas para falar sobre a situação. "Até que recebemos a informação que 'pegaram o cara do Ford Fusion Branco'", contou Thainá.
Horas mais tarde, o carro foi encontrado queimado na avenida Ayrton Senna, Barra da Tijuca, zona oeste, mas sem qualquer sinal do comerciante. A polícia enviou o veículo para a perícia e ainda afirmou ter encontrado vestígio de sangue no local.
Uma das possibilidades que as autoridades trabalham é a de que o corpo de Thomas tenha sido jogado em um mangue próximo à região, ainda que não existam provas que comprovem a hipótese.
Provável participação de milicianos
A família já descarta a possibilidade de encontrar Thomás vivo e acredita que ele tenha caído em uma emboscada. A polícia desconfia da participação de milicianos da área por conta das circunstâncias do crime de ocultação de cadáver. A irmã de Thomás, por sua vez, diz que a família permanece em busca respostas.
Que o meu irmão foi executado, isso nós já sabemos, não nos resta dúvida. Porém, a nossa família só quer o corpo e entender o motivo disso tudo, já que ele era um menino de bem, trabalhador. Ele tinha a família dele, os filhos que ele era apaixonado, as crianças só choram, estão desesperadas."
A delegada responsável pelo caso, Elen Souto, disse ao UOL que "a linha investigativa da polícia é de homicídio e ocultação de cadáver. Nós acreditamos que isso possa ter relação com a milícia da região".
Thomas era casado, pai de uma menina de 2 anos e de um menino de 9.
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