Homem é agredido em açougue por reclamar de preço da carne e morre, no RS
O vendedor ambulante Wagner de Oliveira Lovato, de 40 anos, morreu após ser agredido com socos e chutes pelo gerente de um açougue, em Alvorada, região metropolitana de Porto Alegre. Segundo a polícia, a agressão se deu porque ele teria reclamado do preço da carne, o que teria provocado uma confusão em frente ao estabelecimento, no último sábado (2).
Wagner — que vendia salgados na rua para ajudar no sustento da esposa, três filhas e uma neta —, não resistiu aos ferimentos e morreu ontem no Hospital Cristo Redentor.
A investigação inicial aponta que o gerente estava de folga no momento do crime, mas teria se dirigido ao local para pegar chaves. Além dele, um amigo que o acompanhava teria participado das agressões, ocorridas na rua Getúlio Vargas.
"A motivação seria a discussão entre a vítima e os suspeitos em função do atendimento. O que os agressores disseram é que perguntaram o motivo de a vítima sair sem comprar nada e que ela reclamou do preço da carne e qualidade dos produtos", afirmou ao UOL o delegado Edimar Souza, da DHPP (Delegacia de Investigação de Homicídios e Pessoas Desaparecidas) de Alvorada.
Segundo depoimento de testemunhas à polícia, as agressões teriam continuado mesmo após a vítima cair na calçada em frente ao açougue e não recobrar os sentidos. Os suspeitos foram presos em flagrante, escondidos no estabelecimento e aguardam resultado da audiência de custódia. Nenhum dos envolvidos tem histórico de crimes.
Os suspeitos não tiveram identidades reveladas pela investigação e ainda não constituíram representante legal de defesa. A reportagem também tenta contato telefônico com o açougue, mas ainda não obteve sucesso. O espaço segue aberto para atualização tão logo as partes se posicionem.
Açougue afasta funcionário
Em nota enviada nesta terça-feira (5) ao UOL, o açougue Shopping das Carnes afirmou que lamenta "profundamente a morte de Wagner de Oliveira Lovato" e que está "adotando todas as medidas possíveis para auxiliar as autoridades na apuração das responsabilidades neste ato criminoso em frente ao estabelecimento".
"O funcionário envolvido neste episódio inaceitável, que não estava em atividade de trabalho no momento do crime, foi afastado pela empresa e está sob custódia da polícia. Desde o ocorrido, estamos buscando contato com a família da vítima para dar o suporte necessário. Compreendemos o momento de dor e de reserva e respeitamos o tempo dos familiares. Estamos à disposição para que esse diálogo aconteça", conclui o comunicado.
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