"Era apaixonado pela aviação", diz primo do piloto do avião de Marília
Geraldo Martins de Medeiros Júnior, 56, piloto do avião que levava a cantora Marília Mendonça tinha mais de 20 anos de aviação e era apaixonado pela profissão. Nascido na cidade de Floriano, sul do Piauí, Geraldo Júnior morava em Brasília, estava há dois anos aposentado e trabalhava com táxi aéreo.
Segundo familiares, devido a sua experiência, era bastante requisitado pelos artistas, chegou a trabalhar para os cantores Amado Batista e Chitaõzinho e Xororó.
"Voar sempre foi um sonho dele. Era apaixonado pela aviação, foi paraquedista e gostava da natureza, voo livre. Uma pessoa de um coração enorme. Transmitia serenidade e valorizava as pequenas coisas. A gente brincava que ele era o melhor dos primos", diz Honorato Sérgio Drummond Soares Martins, primo do piloto.
Ainda pequeno, Geraldo Júnior foi morar com o pai em Brasília. Lá, fez cursos e se tornou piloto de avião comercial, trabalhou na TAM e chegou a ser comandante de boeing com voos internacionais.
"Ele encantava a todos quando contava suas viagens como piloto. Trabalhou para o cantor Amado Batista e outros artistas e depois foi para aviação comercial. Ele era um piloto bastante experiente, cuidadoso e amava muito o que fazia", disse o primo.
"Legado de amizade"
Honorato disse que Geraldo Júnior deixa um legado de amizade, orgulho e trabalho com a família.
A última vez que o piloto esteve no Piauí foi em maio desde ano.
Parentes do piloto comentaram que Geraldo estaria de férias em dezembro e que teria suspendido as folgas após demissão de colegas de trabalho.
O UOL entrou em contato com a PCE Táxi Aéreo, de Goiás, onde Geraldo trabalhava, e a empresa disponibilizou um e-mail para responder os questionamentos. Até o fechamento da matéria não havia enviado esclarecimentos.
Cinco pessoas morreram na queda do avião ontem (5) na serra em Piedade de Caratinga, cidade a 309 quilômetros de Belo Horizonte. O piloto, o copiloto Tarciso Pessoa Viana, a cantora Marília Mendonça, o tio e assessor da artista, Abicieli Silveira Dias Filho, que a acompanhava na maioria das viagens de avião por todo o país, e o produtor Henrique Ribeiro, também conhecido como Henrique Bahia.
De acordo com a Anac, o avião estava regular. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos), da Força Aérea Brasileira, a FAB, vai investigar o acidente aéreo.
Filha faz homenagem
A filha do piloto, Vitória Dias Medeiros, 19 anos, fez homenagem ao pai nas redes sociais.
"És o meu tudo. Meu maior medo era te perder, agora já não tenho mais medo de nada. Estamos juntos sempre", diz.
Em outra postagem, Vitória agradece o pai por ter ido visitá-la recentemente.
"Obrigada por vir se despedir de mim de uma forma inefável, boa. O senhor fez tudo. Sua presença é ilustre. Meu herói. Amor da minha vida. A morte é só uma passagem".
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