Paraty: Polícia tem dificuldade para identificar corpo achado no mar
A Polícia Civil do Rio ainda não identificou o corpo retirado do mar na tarde de ontem, que pode ser de um dos tripulantes do bimotor que desapareceu na noite de quarta-feira (24), entre Ubatuba (SP) e Paraty (RJ). Segundo a polícia técnica, as impressões digitais da vítima já estavam comprometidas, tendo em vista o tempo que o corpo ficou no mar - o que dificulta o reconhecimento.
"O corpo foi necropsiado na tarde desta quinta-feira (25). A identificação não foi possível, até o momento, porque as papilas estavam maceradas, tendo em vista o tempo que ficaram em contato com a água", informou a Polícia Civil, explicando a dificuldade de reconhecimento por impressão digital.
O UOL apurou que a família do piloto da aeronave, Gustavo Carneiro, já está no Rio de Janeiro e chegou ao IML (Instituto Médico Legal) para fazer o procedimento de reconhecimento. Ele é de Corumbá (MS).
No Facebook, a última publicação de Gustavo foi um check-in feito pela manhã de quarta-feira (24), no Aeroporto Campos dos Amarais, de onde decolou de volta para o Rio de Janeiro. Em outras postagens é possível perceber que Gustavo gosta de compartilhar assuntos aeronáuticos.
O resgate
O resgate da vítima ainda não identificada foi feito por um helicóptero que transportou o corpo até a Base Aérea de Santa Cruz, na zona oeste do Rio. De lá, o corpo foi removido para o IML de Campo Grande, na mesma região.
O bimotor saiu do Aeroporto de Campo dos Amarais, em Campinas (SP), com destino ao Aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, e desapareceu em alto mar na região entre Ubatuba e Paraty. Três pessoas estavam a bordo: além do piloto, o copiloto identificado como José Porfírio e um passageiro cujo nome ainda não foi revelado.
A namorada de José disse nas redes sociais que o corpo encontrado não é o do copiloto. A FAB (Força Aérea Brasileira) informou que localizou destroços na região que podem ser da aeronave desaparecida.
Família reclama de demora nas buscas
Nas redes sociais, a namorada de José, Thayla Ares Viana, de 20 anos, reclamou na manhã de hoje sobre a demora para o reinício das buscas na região.
Em seu perfil no Instagram, ela disse que apenas às 7h41, a Defesa Civil estava começando os trabalhos e mesmo assim sem o Corpo de Bombeiros. Ela filmou ainda o helicóptero da corporação parado no heliponto próximo ao condomínio Laranjeira, em Paraty. A família estava no local desde às 5h. Ontem, a estudante já havia reclamado que as buscas haviam sido encerradas por volta de 15h.
Procurado, o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro negou a declaração e disse que permaneceram fazendo buscas terrestres após o pôr do sol pela região costeira e de praias e que as operações foram reiniciadas hoje às 5h.
"O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) segue, desde a noite de quarta-feira (24), no apoio à Aeronáutica, na operação de resgate aos tripulantes. A ação de busca em mar aberto é coordenada pelo Salvaero. Na quinta-feira (25), foram empregadas aeronaves, embarcações e motos aquáticas fazendo varredura em toda região costeira, reforçando as buscas com abrangência na área dos limites do Estado do Rio", complementou através de nota.
Já a Aeronáutica disse que efetuou as buscas pela aeronave perfazendo mais de nove horas de voo e percorrendo um perímetro delimitado de 750 km². "A FAB informa que as buscas foram retomadas por volta das 5h da madrugada desta sexta-feira".
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