Motorista de Uber relata agressão durante briga com passageiras em BH
Uma motorista de aplicativo ficou ferida depois de se negar a levar quatro passageiras no veículo em que trabalha. Janaína Gomes, de 40 anos, afirmou que respeitou as recomendações da Uber usadas desde o início da pandemia da covid-19, cujo protocolo de segurança orienta os motoristas a levarem no máximo três pessoas, com o banco ao lado da motorista livre.
A corrida começou com apenas duas passageiras, que embarcaram no Bairro Concórdia, em Belo Horizonte. Segundo Janaína, elas pediram que ela fizesse uma parada para que uma terceira pessoa embarcasse.
Quando chegou ao local, Janaína conta que percebeu que seriam mais duas pessoas e que avisou que não poderia levar todos os passageiros.
"Elas falaram que não iam continuar a viagem e que elas tinham que pagar, mas elas não me pagaram. Aí começaram as agressões... A mãe de uma delas começou a me agredir verbalmente, pegou um cabo de vassoura de um morador de rua e bateu na minha cabeça. Tentei me proteger, e vieram mais três homens pra cima de mim", relatou Janaína.
Janaína recebeu atendimento médico e passou a noite na delegacia para prestar depoimentos. As passageiras e a suposta agressora também foram encaminhadas para a polícia para esclarecer o ocorrido.
O outro lado
A suposta agressora, que não quis se identificar, contou outra versão dos fatos.
Segundo ela, a motorista jogou uma garrafa d'água na direção dela e pegou o cabo da vassoura. Para se defender, ela empurrou Janaína, que acabou caindo e se machucando no momento da queda.
"Quando ela desceu do carro, ela já desceu alterada e partindo pra cima de mim, me agredindo e jogando uma garrafa de água, cuspindo e tinha uma vassoura no chão. No que ela veio pra cima de mim, eu segurei a vassoura, ela caiu no chão e nessa hora eu acho que ela se machucou", relatou a mulher.
Segundo a Polícia Civil as duas assinaram um termo circunstanciado de Ocorrência (TCO). Elas foram ouvidas e assinaram termo de compromisso para comparecer em audiência a ser agendada pelo Juizado Especial Criminal de Belo Horizonte e, em seguida, liberadas.
Um homem de 35 anos, que também estava envolvido na condução, tinha dois mandados de prisão em aberto. A PCMG deu cumprimento aos mandados expedidos pelo Poder Judiciário do estado do Rio de Janeiro e, em seguida, encaminhou o suspeito ao sistema prisional.
Em nota, a Uber se pronunciou alegando que considera inaceitável o uso de violência. "Este tipo de comportamento configura uma violação aos termos de uso da plataforma e a conta que solicitou a viagem já foi desativada, enquanto aguardamos pelas apurações. A empresa permanece à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, na forma da lei", disse a empresa.
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