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Recém-casados desfilam em retroescavadeira após cerimônia no interior de SP

Noivos se beijam em retroescavadeira em Itararé (SP) - Reprodução
Noivos se beijam em retroescavadeira em Itararé (SP) Imagem: Reprodução

Daniel Leite

Colaboração para o UOL

19/12/2021 15h06Atualizada em 20/12/2021 09h40

O casamento foi convencional, na igreja, com familiares, amigos, padrinhos e tudo o que determina a tradição. Mas, em vez de desfile em carros com latinhas amarradas atrás, usaram uma retroescavadeira.

Jane Antunes Rodrigues de Sá e Célio Rodrigues de Sá saíram da igreja a caráter, com buquê e tudo, e subiram na máquina para um passeio pelas ruas de Itararé, cidade de pouco mais de 50 mil habitantes a 345 km de São Paulo.

A voltinha de retro foi ideia de uma prima de Jane. "Meu esposo é mecânico de trator e outras máquinas pesadas, e a gente colocou no grupo da família sobre o casamento. E aí minha prima Renata deu a ideia da gente subir a rua de retroescavadeira. Eu respondi na hora que sim", conta a professora.

O maquinário pesado é de um amigo de Célio, que topou na hora emprestar. E fez bem mais que isso. "Ele falou que ia limpar, mas resolveu pintar ela toda, reformou".

A volta de retroescavadeira foi pelo centro da cidade, num percurso de 40 minutos, depois da solenidade religiosa, no dia 4 de dezembro.

No final do passeio havia o salão de festas do casamento. Jane lembra que antes de pensar em desfilar de máquina agrícola, o casal tinha o sonho de entrar dançando, e assim fizeram.

"Nós queríamos entrar na festa com uma música. A gente falou com o DJ, chegamos no salão de festas na retroescavadeira e entramos dançando", se diverte.

O município tem na agricultura e pecuária os pontos fortes da sua economia, por isso, maquinários assim são comuns na região.

O fato fez sucesso nas redes sociais. "O vídeo viralizou por causa da filmagem de um amigo nosso que tem um bar onde a gente passou em frente. Teve pelo menos 16 mil visualizações. Fez mais sucesso que o caminhão da Coca-Cola no Natal", brinca Jane.

O casal se conhece desde a época de escola, na adolescência. Se reencontraram depois de 40 anos, começaram a namorar e casaram.

Jane é professora de um projeto da Guarda Municipal. O orgão, inclusive, emitiu uma licença para o passeio.

Celio diz que muita gente "descobriu" que ele casou por causa da repercussão do que aconteceu depois da igreja. "Por onde a gente passa, a turma comenta. E aí tem gente me cobrando porque não convidei pro casamento", conta, rindo.