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Menina de 6 anos pede cadeira de rodas para vizinho em carta ao Papai Noel

Emanuelly com o vizinho Ito Moreto - Arquivo Pessoal
Emanuelly com o vizinho Ito Moreto Imagem: Arquivo Pessoal

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

23/12/2021 11h38

Foi com surpresa e um sorriso no rosto que a autônoma Letícia da Luz Vieira, 28, encontrou na caixa de correios de casa a carta que a filha de seis anos escreveu ao Papai Noel. Em vez de um presente para si, Emanuelly da Luz Rodrigues pediu uma cadeira de rodas ao vizinho Ito Moreto, 56.

"Encontrei a cartinha no começo do mês. Quando abri tinha um desenho com o pedido", conta Letícia, moradora de Manoel Ribas, a 337 km de Curitiba. "A gente mandou uma foto da carta a um grupo de amigos, e ela viralizou."

O desenho com a cadeira de rodas enviado ao Papai Noel  - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
O desenho com a cadeira de rodas enviado ao Papai Noel
Imagem: Arquivo Pessoal
"A gente se surpreendeu. Ficamos muito orgulhosos por vir de uma criança de seis anos. Ela está no caminho certo", diz a mãe, orgulhosa. "A cadeira de rodas que ele tem é muito simples. As mãos atrofiaram e ele não consegue sair de casa. É sempre da varanda pra cama."

Um dia ele comentou que tinha vontade de sair de casa, e então a Emanuelly pensou em uma cadeira de rodas e pediu."
Letícia da Luz Vieira, mãe de Emanuelly

Uma cadeira motorizada

Emanuelly e o vizinho se tornaram amigos há alguns meses. Há três anos, Moreto precisou se mudar para a casa da mãe de 73 anos —em frente a casa de Emanuelly— após sofrer um acidente que lhe tirou os movimentos das pernas.

"Eu tomo café, escovo os dentes e vou falar com ele", contou Emanuelly ao UOL. "A gente conversa e brinca na varanda."

Ele tem vontade de sair casa. Com uma cadeira motorizada ele vai poder."
Emanuelly da Luz Rodrigues, 6 anos

Se o Papai Noel não entregar a cadeira, Emanuelly quer trocar os lacres por uma  - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Se o Papai Noel não entregar a cadeira, Emanuelly quer trocar os lacres por uma
Imagem: Arquivo Pessoal
Letícia conta que todos os dias a filha atravessa a rua e vai à casa dele. "Ela aproveita que de manhã a cuidadora o leva na varanda para tomar sol. É quando eles têm esse contato."

Emanuelly já participa de uma iniciativa na escola onde estuda. Eles coletam lacres de latinhas de alumínio que são destinados a uma ONG (organização sem fins lucrativos).

"Ela colocou na cabeça que é ajudante do Papai Noel. Se não conseguir por outro meio, a gente arrecada os lacres e troca por uma cadeira", diz Letícia, que pretende fazer uma vaquinha virtual para tentar arrecadar o suficiente para comprar o presente.

Quem quiser ajudar clique aqui.