Parque em MG proíbe visita a cavernas após tragédia em Capitólio

O Parque Estadual de Ibitipoca, que abrange os municípios de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca, na Zona da Mata de Minas, um dos mais visitados do estado, suspendeu a visitação a cavernas. A coordenação da unidade de conservação afirma haver risco de deslocamento e queda de blocos rochosos e, por isso, a ação é preventiva. O alerta está no portal oficial do parque.

A decisão, segundo a Secretaria de Meio Ambiente do estado, foi tomada com base no parecer de espeleólogos (especialistas em cavernas) atuantes em Ibitipoca. A ação ocorre três dias após o acidente em Capitólio, Minas, que deixou 10 mortos após uma grande rocha desabar sobre lanchas. Questionada se a tragédia motivou a mudança em Ibitipoca, a pasta responsável pelos trabalhos não respondeu.

Reabertura só após estiagem e avaliação

De acordo com a explicação do governo estadual, a proibição da visitação às cavernas do parque foi motivada pela "saturação do solo causada pelas chuvas de longo período, que podem aumentar o risco de queda e desplacamento de blocos rochosos".

Para reabertura desses espaços, será necessário aguardar pelo menos sete dias de estiagem para avaliar as condições das placas e dos blocos de rochas.

A Secretaria de Meio Ambiente garante que as cavernas estão recebendo sinalizações para garantir a segurança dos visitantes, já que o parque continua aberto.

No próprio portal do parque, há orientações sobre os perigos e cuidados que devem ser observados quando os visitantes forem às cavernas. Entre os riscos, o texto destaca justamente "Desplacamento e queda de blocos ou lâminas do teto ou das paredes da caverna". A coordenação orienta ainda que os turistas não entrem sem guia e usem capacete, entre outros equipamentos de segurança.

O parque em Ibitipoca foi criado em 1973 e tem 1,4 mil hectares, com a Mata Atlântica como bioma predominante. O local possui 10 cavernas.