Menina de 4 anos fica ferida após irmã de 10 disparar arma de pressão
Uma menina de 4 anos foi atingida na cabeça com um tiro de espingarda de pressão hoje de manhã em Piúma (ES). Segundo a polícia, quem atirou foi a própria irmã de 10 anos, enquanto as duas brincavam na sala com a arma.
De acordo com informações da Polícia Militar, por volta das 11h, moradores ouviram um disparo muito alto vindo da residência. Em seguida, o pai das duas crianças saiu desesperado pedindo ajuda. A criança de 4 anos estava bastante machucada.
A menina foi levada para o Hospital Municipal Nossa Senhora da Conceição em estado grave e chegou a ser entubada. Ela foi transferida no início da tarde, de helicóptero, para o Hospital Infantil de Vitória. A bala — que seria de chumbinho — atingiu a região temporal do lado direito da cabeça. A menina passou por uma cirurgia, mas o projétil continua alojado na cabeça.
Aos PMs, o pai da vítima contou que tem a arma de pressão, calibre 5.5, há poucos dias. Ele disse ter comprado o equipamento para prática de tiro ao alvo. O homem relatou que deixou as duas meninas brincando na sala e que por um descuido elas pegaram a arma, que estava perto delas, para brincar e em seguida ouviu o disparo.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o pai correu até o cômodo e encontrou a filha de 10 anos desesperada com a arma nas mãos e a outra caída ao chão, desacordada.
A arma foi apreendida pelos policiais militares e encaminhada à delegacia da cidade. O pai não foi conduzido. O delegado que atendeu a ocorrência, David Gomes, disse que o fato de o responsável prestar socorro e comparecer à autoridade policial por livre e espontânea vontade afasta o homem do estado de flagrante.
"O comparecimento espontâneo da vítima resulta em afastamento do estado flagrancial. Isso está previsto no Código de Processo Penal. Ele foi por conta própria à delegacia antes mesmo de alguém acionar a polícia", explicou Gomes.
O delegado explicou que a espingarda de pressão do caso não é considerada arma de fogo e, por isso, não precisa de registro na Polícia Federal.
"A espingarda de pressão não é considerada arma de fogo até o limite de calibre 6.0. Abaixo disso, ela é uma arma de pressão normal, e precisa apenas de nota fiscal como qualquer outro produto. Portanto, não há um crime de posse ilegal de arma de fogo nesse caso", disse.
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